Sob o mote “Fazer a Diferença”, o Teatro Nacional D. Maria II (TNDM II) apresentou a temporada 2019/2020. A nova temporada estreia-se com Entrada Livre, nos dias 14 e 15 de setembro de 2019, alargando-se este ano, pela primeira vez, a outros espaços fora do D. Maria II, com um espetáculo no Capitólio e leituras encenadas na Estação do Rossio. No sábado, dia 14, às 21h30, Selma Uamusse sobe à varanda do Largo de São Domingos para um concerto de entrada livre.
“Queremos fazer a diferença com uma programação artística que espelhe a enorme diversidade da criação teatral portuguesa e internacional. Queremos contar as novas histórias da sociedade do nosso tempo e regressar às grandes histórias que atravessaram as sociedades ao longo do tempo”, explicou Tiago Rodrigues, diretor artístico do D. Maria II, aquando a apresentação à imprensa.
Mantendo a sua missão de ser um teatro aberto à comunidade e um lugar para todos, o D. Maria II acolherá, entre outras grandes produções internacionais, as peças Ibsen House, do australiano Simon Stone a de Ibsen, Crash Park, do encenador francês Philippe Quesne, Bajazet, um espetáculo onde Frank Castorf mistura a tragédia homónima de Racine com O Teatro e a Peste de Antonin Artaud, e – em destaque – Ricardo III, de Shakespeare, numa encenação de Thomas Ostermeier para a Schaubühne, com apresentações a 31 de dezembro de 2019, 2 e 3 de janeiro de 2020, a marcar o Ano Novo.
Antígona, de Sófocles, numa encenação de Mónica Garnel, e Colecção de Artistas, de Raquel André, são os espetáculos que dão início a esta temporada. A estes, juntam-se, ao longo da temporada, criações nacionais como Mon€y, da companhia Mala Voadora, com direção de Jorge Andrade e texto original de Deborah Pearson; Purgatório – A Divina Comédia, a mais recente criação do Teatro O Bando; A Morte de Danton, numa encenação de Nuno Cardoso e do TNSJ; Canto da Europa, de Jacinto Lucas Pires; Fake, uma encenação de Miguel Fragata, com texto deste e de Inês Barahona; Bruscamente no verão passado, o clássico de Tennessee Williams, com encenação de Bruno Bravo; Aurora Negra, uma criação de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, vencedora da 2ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço; Tempo para refletir, a nova criação da dupla Ana Borralho e João Galante; Catarina e a beleza de matar fascistas, com texto e encenação de Tiago Rodrigues; e ainda Romeu e Julieta, de John Romão, a partir de Shakespeare; e A vida vai engolir-vos, um espetáculo de Tónan Quito a partir das quatro principais peças de Tchékhov, apresentado em parceria com o São Luiz Teatro Municipal.
Em abril, a Sala Garrett e a Sala Estúdio recebem ainda, pela primeira vez, o novo ciclo Danço, Logo Existo, com 5 espetáculos ligados ao universo da dança, que tem início com a nova criação de Olga Roriz, Seis Meses Depois, e encerra com Bacantes – prelúdio para uma purga, espetáculo de Marlene Monteiro Freitas (ali estreado em 2017) que venceu o Leão de Prata da Bienal de Veneza em 2018.
Entretanto, no Dia Mundial do Teatro, a 27 de março de 2020, será anunciado o vencedor da primeira edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, criado com o objetivo de distinguir um profissional de teatro cujo trabalho se tenha destacado no ano anterior.
Nesta temporada, o D. Maria II dá ainda continuidade a várias atividades de sucesso, como o Clube dos Poetas Vivos, desenvolvido uma vez por mês em parceria com a Casa Fernando Pessoa; o projeto de espetáculos para a infância Boca Aberta, que este ano traz dois novos espetáculos ao Salão Nobre Ageas; e projetos de incentivo ao teatro jovem, como o PANOS – Palcos Novos, Palavras Novas ou o K Cena, que pelo segundo ano consecutivo vão ocupar o D. Maria II.
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Os bilhetes para os espetáculos vão estar à venda online e na bilheteira do Teatro.