Dinis – O Plantador De Naus, Dª Isabel – A Rainha Santa E Muito Mais Para ver Até Dia 7 Em Santa Maria da Feira

Reportagem de Rosa Margarida

Bem-vindos aos séculos XIII e XIV, numa viagem inesquecível ao passado.

Dão-nos as boas vindas as lavadeiras na fonte frente à Igreja, e ao agitar lençóis na água salpicam a assistência, que agradece o abençoado refresco num entardecer quente de verão.

Uma imperiosa obrigatoriedade de visitar o Castelo, num percurso ladeado de tendas multicolores e aromas fortes e inebriantes: incenso, pedras, pratas e cristais, obriga a uma subida acentuada, mas compensadora. As coroas de flores rivalizam com as espadas e os brasões, pequenas princesas aprumam-se perante destemidos príncipes erguendo escudos protetores.

O percurso é interrompido pelos sons dos tambores e das danças medievais, enquanto vendedores, a troco de dinheiros, despacham produtos naturais, medievais e imperiais: os sabões, a cunhagem de moedas, os chinelos de couro, as pedras, os pergaminhos, os chás e as velas.

Uma descida rápida traz de volta o cheiro dos grelhados e dos assados – taberneiras “vestidas” a rigor, servem em loiça de barro, o aguardado manjar. Ao pão com chouriço no forno a lenha juntam-se os presuntos, os crepes medievais, o pão de ló, a fogaça.

O riacho separa uma nova área de repasto e o centro da animação: espetáculos, pernas de pau, arqueiros, treino de escudeiros, voltas de cavalo…

No povoado e no Bosque dos Milagres a magia acontece ao som dos tambores, das gaitas e dos manipuladores de fogo. De novo na praça nova o retumbar das sinetas anuncia a passagem dos cavaleiros.

Uma visita ao Museu de Lóios, aberto todos os dias até à meia-noite e de entrada gratuita, é um convite a não perder: a exposição permanente e a exposição 20 Anos em Viagem são fatores a ter em conta. A passagem por lá conduz aos sons no claustro, onde o clérigo, passeando, entoa antigas orações.

Recomenda-se uma dose de paciência e de resistência física no tanto que há a percorrer.

A animação constante em todas as ruelas circundantes leva-nos, de facto, a “cumprimentar” D. Dinis e a venerar Isabel de Aragão, a rainha do Milagre das Rosas.

Num momento em que a identidade e o orgulho nacional continuam nos píncaros, D. Dinis, que se passeia por Santa Maria da Feira, recebe os visitantes com gáudio.

Até ao dia 7 de agosto ainda há tantas histórias para recriar.

A Viagem Medieval decorre das 12h00 à 01h00, aos fins de semana e das 15h00 à 01h00, de segunda a sexta. Os bilhetes de acesso ao recinto variam dos 1,50 euros aos 4 euros, sendo possível a compra de pulseira, válida para todo o evento, por 5 euros com compra antecipada ou por 7 euros durante o evento. As crianças até 1.30m de altura são isentas de pagamento. Os espetáculos oferecidos dentro do recinto têm preços vários, sendo alguns de acesso gratuito.

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