A Casa das Histórias Paula Rego, o novo equipamento cultural de Cascais, dedicado à pintora portuguesa, residente em Londres, foi hoje inaugurada pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva e pela própria Paula Rego, a mais internacional pintora portuguesa viva.
Arquitectado por Eduardo Souto de Moura, o novo
A exposição está organizada cronologicamente, dividida em quatro grandes zonas temáticas. Na primeira sala encontram-se os trabalhos correspondentes aos dez primeiros anos de carreira de Paula Rego, com obras datadas das décadas de 50 e 60, onde se identificam técnicas mistas com colagem e em que cruzam o statement político com referências da esfera familiar e pessoal da artista.
A área seguinte é dedicada aos anos 80, quando Paula Rego abandona a colagem e se dedica ao figurativismo. A etapa seguinte – 1994 a 2005 – assume como marco a introdução do pastel e abre caminho para obras mais realistas e, simultaneamente teatrais.
No final do percurso expositivo fica a a sala de exposições temporárias, que apresenta até 18 de Março de 2010, um conjunto de obras emprestadas pela Galeria Marlborough, que representante internacionalmente a pintora.
O museu vai estar aberto ao público diariamente, das 10h00 às 22h00 e a entrada é gratuita.
Cinco anos depois nasce o museu…
Os primeiros traços do projecto “Casa das Histórias”, surgiram em 2004, ano em que a pintora Paula Rego encetou as primeiras conversações com a Câmara Municipal de Cascais, sob presidência de António Capucho, para a criação de um espaço cultural dedicado à sua obra.
Menos de dois anos volvidos e com o projecto de arquitectura entregue a Eduardo Souto de Moura, a artista nascida no Estoril (onde possui uma casa de família) e radicada em Londres há mais de 30 anos, assinou um contrato de doação e empréstimo por dez anos, de algumas centenas de obras de pintura, desenho e gravura, da sua autoria, correspondentes ao seu percurso artístico durante cinco décadas, dos anos 1960 à actualidade.
A Casa das Histórias de Paula Rego está instalada num edifício térreo, envolvido por uma frente de eucaliptos frondosos, do qual irrompem duas torres em forma de pirâmide, tudo num rosa-velho, na Avenida da República, em Cascais, no centro histórico da vila, próximo do Centro Cultural de Cascais, do Museu Condes de Castro Guimarães, da Cidadela, do Forte e Farol de Santa Marta e da Fortaleza de Nossa Senhora da Luz.
A primeira pedra foi lançada no início de 2008 e tem como directora Dalila Rodrigues (antiga directora do Museu Nacional de Arte Antiga), nomeada para a função o ano passado. A construção do equipamento contou com um orçamento de 5,3 milhões de euros, atribuídos pelo Programa de Investimento e Qualificação do Turismo.
Texto de Cristina Alves Fotos cedidas pela agência de comunicação LPM
Olá,
Um excelente artigo, com uma informação bastante completa.
Um dia destes passo por lá.
Cumprimentos,
José
Parabéns