Brit Floyd – O Tributo Que Ajuda A Reviver Pink Floyd

Reportagem de Tânia Fernandes (texto) e António Silva (fotografia)

Brit Floyd

Face à impossibilidade de voltar a ver em palco os Pink Floyd – a última reunião teve lugar em Londres, em 2005, no Live 8 – os maiores fãs estendem os ouvidos às bandas de tributo. Os Brit Floyd, que atuaram ontem na Altice Arena, são uma dessas soluções.

Todos sabemos que não há substituição possível. Mas a verdade é que, com recurso às mais recentes tecnologias, os Brit Floyd recriam o ambiente da banda britânica e proporcionam uma experiência fiel à essência original.

Foram cerca de três horas de espetáculo (com um intervalo de 20 minutos pelo meio), que os Brit Floyd proporcionaram ao público em Lisboa. Referiram que esta foi a última paragem de uma digressão na Europa, que soma cerca de cinquenta espetáculos. A verdade é que o sucesso desta banda de tributo tem permitido a realização de diferentes digressões. Estão na estrada desde 2011. Esta, que agora passou por Gondomar e Lisboa, celebra os 40 anos de lançamento do icónico trabalho The Wall.

Os elementos que marcaram este registo, visuais e sonoros, estão presentes em todo o espetáculo. Há muita teatralidade na performance dos músicos que não raras vezes assumem o papel de atores em palco. Remetem para as imagem criadas pela banda e conseguem criar um ambiente imersivo que deixa o público em delírio. A noite começou com “In the Flesh?”, mas foi ao ouvir os acordes de “Another Brick in the Wall” que o público começou a reagir com entusiasmo. A banda pouco interage, apenas a meio do espetáculo para agradecer a presença de todos e expressar a felicidade de estar em Lisboa. As mensagens mais profundas, deixam-nas a cargo da música e das suas letras provocadoras e intemporais.

A noite é longa e intensa. A idade da plateia é avançada. Abanam o corpo com entusiasmo ao som da música com que cresceram. Há quem tenha levado os filhos pela mão também (netos?).

Esta digressão recorda The Wall, mas os clássicos não ficaram de fora e são recebidos com entusiasmo. É o caso de “On the Turning Away”, “Wish You Were Here” (completada com imagens da banda original) ou “Shine On You Crazy Diamond”.

Antes do encore, Damian Darlington, uma das vozes e o músico que assegura a direção musical deste projeto, apresenta a banda. São intensos os aplausos dirigidos às três excelentes vozes femininas do coro: Eva Avila, Ola Bienkowska e Jacquie Williams.

Na reta final, o público já não consegue aguentar mais sentado no seu lugar e Ian Cattell – baixista e outro vocalista – incita a que se juntem à celebração. “Outside the Wall” é o tema com que encerram. Tocam-no na frente de palco, numa espécie de acústico improvisado. Saem em fila indiana, no final.

Ficamos com a sensação de que todos partilharam um pouco do espírito Pink Floyd ao longo da noite.

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