Kum Kapi: Tapetes Viajantes é a nova exposição da Galeria de Exposições Temporárias do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que pode ser vista até 19 de setembro.
Integram a mostra um conjunto de tapetes Kum Kapi dos séculos XIX-XX, que inclui três exemplares da autoria de Hagop Kapoudjian (c. 1870-1946), considerado um dos mais prestigiados mestres deste tipo de tapetes, e responsável pelo restauro de alguns dos mais importantes exemplares persas da colecção de Calouste Gulbenkian; e ainda um tapete contemporâneo da autoria de Mehkitar Garabedian, de origem arménia, oriundo da Síria e a residir em Gant, na Bélgica.
Garabedian apresenta duas obras que evocam exercícios de aprendizagem do alfabeto arménio, aqui materializados num tapete de nó e desenhados diretamente na parede da galeria.
Os tapetes Kum Kapi (em turco “porta de areia”) devem o seu nome a um bairro em Istambul onde, no século XIX, se fixaram vários mestres arménios que produziram luxuosos exemplares de nó em seda, com fios metálicos, inspirados nos tapetes persas clássicos dos séculos XVI e XVII. A excelente qualidade técnica e a riqueza dos materiais utilizados deram origem a verdadeiras preciosidades, produzidas entre 1890 e 1930.
Esta mostra põe lado a lado dois artistas de épocas e lugares diferentes que partilham um passado comum, estabelecendo um diálogo entre tradição e contemporaneidade, continuidade e reinvenção e evidenciando de forma surpreendente a relação entre o tapete e a viagem que aqui é, mais do que nunca, associada à diáspora arménia.
A mostra tem curadoria de Clara Serra e Rita Fabiana, e pode ser vista até dia 19 de setembro, na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, de quarta a segunda, das 10h00 às 18h00. Os bilhetes estão à venda no local e custam 5 euros.
