Vasco Araújo é um dos artistas que mais tem reflectido sobre o “exótico”, indagando de forma crítica as suas formas de inserção e permanência no imaginário nacional. Nesta série, alude a várias questões que estão na origem da sua constituição e utilização como produtor de estereótipos e desagregações culturais nas sociedades colonizadas.
Nas palavras da curadora, Emília Tavares, “Botânica é uma série incómoda, desafiante da nossa habitual modorra perante um passado comprometedor. As imagens com que o artista nos confronta são, ainda hoje, polémicas, muitas foram resguardadas do olhar das gerações que se seguiram ao império e à guerra colonial, como forma de desresponsabilizar consciências e introduzir semânticas opacas de luso-tropicalismo e lusofonia.”
A exposição pode ser vista até 18 de maio, de terça-feira a domingo das 10h00 às 18h00. O bilhete de entrada custa 4 euros, mas ao domingo e feriados a entrada é gratuita até às 14h00.
Texto de Susana Sena Lopes