Tendo escolhido como tema de abertura o hit de R&B “Fever”, durante os 90 minutos seguintes, aquela que actualmente é considerada uma das divas do panorama internacional do jazz, cantou e encantou a audiência, com músicas onde não faltaram os “duetos” com o pai (graças às novas maravilhas da tecnologia), com o inesquecível Unforgettable – um álbum que marcou o momento alto da carreira de Natalie Cole e que vendeu mais de cinco milhões de cópias e venceu um Grammy Award como melhor performance pop – e com o tema “Walkin’ My Baby Back Home”.
Para além de ter interpretado temas imortalizados por Nat King Cole – que foi uma das maiores lendas da música popular do século XX –, como “Bésame Mucho” ou “Monalisa”, Natalie Cole também não quis deixar de recordar músicos como Dinah Washington (“What a Difference a Day Makes”), Tom Jobim e Vinícius de Moraes (“Somewhere In The Hills”, ou na versão original “O Morro Não tem Vez”) e mesmo Charlie Chaplin, através da música Smile (composta por Charlie Chaplin originalmente em 1936, para o seu filme Tempos Modernos, e oferecida por este a Nat King Cole).
Entre uns tímidos “Obrigados”, Natalie Cole pediu desculpa por, ao contrário do pai, não saber cantar nenhuma música em português, no entanto, prometeu que numa próxima passagem por Portugal esta lacuna será colmatada, já que vai “falar tudo em português”.
Fica a promessa! Nós esperamos…
Texto e Fotos de Cristina Alves