TNDM II Apresenta Um Outro Fim Para A Menina Júlia

Depois de 2009 Rui Mendes ter encenado A Menina Júlia de August Strindberg (tradução de Augusto Sobral), eis que agora Tiago Rodrigues apresenta Um Outro Fim Para a Menina Júlia, no Teatro Nacional Dona Maria II.

Em Um Outro Fim Para a Menina Júlia, vemos as jovens personagens de Strindberg, Júlia, João e Cristina, para depois as reencontrarmos passados 30 anos. Neste “antes e depois”, concebido por Tiago Rodrigues, observamos a tentativa de inventar uma alternativa e imaginar que o passo firme de Júlia pode ser o início da lenta e laboriosa caminhada da vida.

“Júlia sai com um passo firme”. Esta é a didascália que August Strindberg escreve no final de Menina Júlia. Desde a estreia da peça, há 130 anos, em março de 1889, que atores de todo o mundo obedecem à ordem do autor e nos sugerem o suicídio de Júlia como o único desfecho possível desta história.
Imaginar outro fim possível para estas personagens obriga-nos a mostrar em cena o que acontece depois da didascália de Strindberg. Obriga-nos a imaginar o futuro que não quis prometer às suas personagens. Em Um outro fim para a Menina Júlia, vemos Júlia, João e Cristina, que o mundo já viu tantas vezes, para depois os reencontrarmos 30 anos mais tarde, treinados pela vida a encontrar a felicidade nas pequenas coisas. Neste “antes e depois”, tentamos inventar uma alternativa e imaginar que o passo firme de Júlia pode ser o início da lenta e laboriosa caminhada da vida.

Um Outro Fim Para a Menina Júlia é uma produção do TNDM II, que conta com interpretação de Helena Caldeira, Inês Dias, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Paula Mora e Vicente Wallenstein. A encenação, espaço cénico e figurinos são da autoria de Tiago Rodrigues.

A peça pode ser vista na Sala Estúdio do TNDMII até 24 de março, às quartas e sábados às 19h30, às quintas e sextas às 21h30 e aos domingos às 16h30. Os bilhetes custam 11 euros e podem ser adquiridos no local e online.

No dia 23 há uma conversa com os atores após o espetáculo.

Autor:Texto de Elsa Furtado
Artigo anteriorMuseu De Arte Popular Inaugura A Exposição O Fio Invisível – O Popular E O Divino No Imaginário De Sofia Medeiros
Próximo artigoOs Relvas, segundo Alves Redol, na Destilaria da Brogueira

Leave a Reply