O workshop prestou esclarecimentos sobre a Camellia Sinensis, abordando as suas características e variedades, e ainda os procedimentos de preparação do chá.
Os workshops baseiam-se na apresentação das características botânicas da planta do chá, história social (Ásia/Europa), chá e arte, produtores mundiais, cultivo e processo pós-colheita, tipos de chá (preto, verde, oolong, branco, amarelo, puerb, aromatizado), compostos químicos do chá, propriedades farmacológicas, chá e saúde, acessórios para tomar chá (cerâmica, porcelana, prata), métodos para a correcta preparação do chá e chá para distintas ocasiões.
Na sessão de sábado aprendeu-se que: A cultura do chá na China tem cerca de 40/50 séculos de existência, teve origem no sul da China com a camellia sinensis. Camellia refere-se ao género e sinensis à espécie.
O chazeiro (planta do chá) gosta de solos ácidos e de muita chuva. Os diferentes tipos de chá obtem-se no processamento das folhas. O chá depois de apanhado é colocado em tabuleiros e posto a secar. O modo de secagem e a intervenção de fontes de calor é que define os tipos de chá, por exemplo o chá verde obtém-se com a manufactura sem oxidação, a que se segue a passagem por uma fonte de calor.
O Darjeeling é considerado o champagne dos chás. Existe o first flush, que é o melhor e corresponde à primeira colheita do ano, realizada na primavera, depois há o second flush que é colhido no verão e por vezes também é apanhado no Outono, sendo designado por thrid fluh. A única qualidade de chá que tem uma manufactura com oxidação e uma fermentação (com bactérias) é o Puerb.
O chá verde deve ser feito com água a 83ºC e para 3 g. colocam-se 200 ml. de água mineral ou filtrada, deixar em infusão por 2 m. Se se quiser um chá mais forte aumenta-se a quantidade de chá e não o tempo de infusão. Já o chá preto é feito com água a ferver. O chá deve ser colocado dentro do bule, deixar repousar por 2 m. e depois coar. Não se deve utilizar chá em saquetas, que é de qualidade inferior, o mesmo é válido para o chá aromatizado.
O lanche é servido no Tivoli Caffè, no lobby do hotel, no qual se dá a descobrir algumas iguarias da pastelaria portuguesa, acompanhadas por alguns dos chás apresentados no workshop, como é o caso do chá que a Rainha de Inglaterra bebe apenas nos seus aniversários – o Keemun.
O menu do Lanche à Portuguesa é composto por bolos caseiros, como os brioches e pães de Deus, acompanhados por fiambre, queijo e a tradicional marmelada, iguarias doces e salgadas, como os pastéis de nata, o bolo de laranja e o bolo de chocolate. Nos salgados destaque para a famosa bola de carne. Estas iguarias podem ser acompanhadas por um aromático chá, com a marca de qualidade TWG, ou por um chocolate quente.
O preço de inscrição é de 65 euros e inclui lanche e um livro sobre chás.
Depois do verão, o Tivoli Lisboa irá apresentar uma nova agenda de workshops.
Reportagem de Clara Inácio e Teresa Duque