Tenha Medo: O Motelx Está De Volta!

Como assustar os espetadores perante todas as alterações climáticas que vão fazendo esse trabalho diariamente? Este é o dilema que se coloca à organização da 13ª edição do Motelx, o Festival Internacional de Cinema de Terror Lisboa que de 10 a 15 de setembro centra atenções nas alterações climatéricas.

A apresentação à imprensa decorreu ontem, a 16 de julho, no Cinema São Jorge, onde os organizadores levantaram um pouco a ponta do véu do que está a ser preparado para a 13ª edição, que coincide com uma sexta-feira 13, algo único e praticamente irrepetível na história do evento.

“Cada geração teve de lidar com os seus medos – guerras, bombas atómicas, terrorismo, crise financeira – as mais recentes terão de lidar com a escassez de recursos face à pegada ecológica e alterações de temperatura drásticas. O cinema de terror como espelho das angústias humanas não pode deixar de refletir essas inquietações”, refere a organização, e é por isso que este ano o festival acontece sob o signo do fim do mundo iminente e “reflete os motivos da incapacidade humana para fazer face ao problema”.

O tema está em destaque em filmes como Midsommar, de Ari ‘Hereditary’ Aster, que regressa com um culto, desta vez o solar, ou o norueguês The Quake, a sequela de The Wave, que aborda o medo do regresso do grande terramoto de Oslo.

Este ano também vai haver terror no feminino com o filme brasileiro A Sombra do Pai, de Gabriela Amaral Almeida, bem como o regresso das irmãs Soska com o remake do clássico de Cronenberg Rabid.

Mas a estreia mundial vai para uma longa de terror portuguesa: Faz-me Companhia, de Gonçalo Almeida, vencedor do prémio das curtas com Thursday Night, em 2017.

Já nos documentários, um dos destaques vai para Memory: The Origins of Alien, que centra atenções na obra-prima de terror cósmico de Ridley Scott, Alien. Além disso, a organização aposta na reposição de uma cópia 4K restaurada do filme de culto.

A pensar nos mais pequenos, o Motelx aposta no Lobo Mau para conquistar o público mais jovem para o cinema de terror. Este ano destaque para Maria Brinca à Sombra e O Meu Monstrinho, para maiores de 6 anos, sessões de curtas-metragens e workshops monstruosos.

Autor:Por Sónia Ramalho (Texto e Fotos)
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