Conseguiram que se deixasse o medo à porta e que se vivesse uma noite de música portuguesa, terra a terra. Refrões simples, rimas de amor e ritmos de baile. Os Quatro e Meia encheram o Campo Pequeno daquele sentimento tão raro nos dias de hoje. Aquela reacção espontânea, que só a música consegue criar e que varre o cinzento dos dias. Tatanka e Carlão marcaram presença nesta festa cheia de emoção.
O mundo sobrevive a uma pandemia, mas há vida a decorrer. E foi disso que Os Quatro e Meia nos recordaram, esta sexta-feira, em mais uma sessão da iniciativa Santa Casa Portugal ao Vivo.
A banda natural de Coimbra, voltou a conquistar Lisboa, desta vez com a apresentação do segundo álbum O Tempo Vai Esperar, lançado a 25 de setembro. O grupo de amigos (que atualmente já são seis) juntou-se nos bancos da universidade em 2013. Com percursos profissionais já estabelecidos (três são médicos, dois engenheiros e um professor) não arrumaram os instrumentos musicais. De forma descontraída e bem disposta, fazem uma abordagem musical da vida, que tem vindo a conquistar cada vez mais seguidores.
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A noite começou com “Olá Solidão”. Quando passou para “A Manta do Teu Coração” já o público cantava em uníssono. No final de “O Tempo Vai Esperar” percebeu-se, pela intensidade com que o público estava a receber as canções, que este iria ser um espetáculo memorável.
As palavras de uma das vozes da banda confirmavam o sentimento comum “Isto é incrível. Estávamos com uma vontade enorme de voltar aos palcos e de vos voltar a ver!”
“Canção do Metro” fez acender os primeiros pontos de luz num recinto cheio (no sentido atual e restrito do termo), com gente espalhada da plateia às galerias.
“Se Eu Pudesse Voltar” trouxe a primeira surpresa da noite, Tatanka, que faz parceria com a banda neste tema. Aproveitaram a introdução para destacar a produção do disco, assinada pelo músico – e também espetador esta noite – João Só.
Sem fórmula melódica estanque, ousam atravessar pontes para outros domínios. Em “Não Respondo por Mim” entram pelas sonoridades do rap e dança-se ao compasso da valsa, tocada a meias com o violino e o acordeão, em “Coisas Tão Bonitas”.
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Os primeiros acordes de “Bom Rapaz”não passam despercebidos e o público vibra com a entrada de Carlão em palco. “Que imagem incrível” as palavras repetem-se e revelam o sentimento de quem pisa o palco. “Isto que está a acontecer aqui nesta noite, na altura em que estamos a viver, é das coisas mais bonitas” reforça Carlão. E “Assobia Para o Lado”.
“Só Mais um Instante”, “A Terra Gira” e “Prá Frente é que é Lisboa” conduzem o Campo Pequeno para um ambiente de festa que, certamente poucos conseguiram viver nos últimos tempo. Pelo meio, a banda deixa palavras de agradecimento “Obrigada por estarem aqui. O que faz falta é mais momentos como estes.” Sublinharam ainda a necessidade de se apoiar músicos, artistas, comércio local e restaurantes. “É tempo de sermos solidários”
Despedem-se com dois momentos memoráveis: um set acústico e bem divertido de “Sabes Bem” e uma grande celebração, com todo o público em pé, a cantar e a dançar em “Baile de São Simão”.
Saímos do Campo Pequeno, com uma das frases que ouvimos, em eco na cabeça: ” a cultura do medo não é segura”. Venham mais noites como esta!
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