Teatro Nacional São João Anunciou A Programação Para O Primeiro Semestre De 2019

A programação dos 7 primeiros meses de 2019 do Teatro Nacional de São João (TNSJ), do Teatro Carlos Alberto (TeCA) e do Mosteiro de São Bento da Vitória (MSBV) já foi apresentada. A temporada de janeiro a julho de 2019 conta com 29 espetáculos, incluindo 12 estreias e 16 produções e ainda 3 festivais.

Janeiro fica marcado pela estreia nacional de Mnémosyne, projeto de Josef Nadj, apresentado pela primeira vez na Biennale de la Danse de  Lyon 2018. O espetáculo estará em cena no MSBV, com uma exposição de 5 a 25 de janeiro e uma performance, de 17 a 20 de janeiro.

De 9 a 13 de janeiro, o TeCA acolhe À Espera de Becket ou Quaquaquaqua, com texto e encenação de Jorge Louraço.

Ao TNSJ regressa depois de um sucesso de bilheteira na temporada anterior – Otelo, de William Shakespeare, numa tradução de Daniel Jonas, com encenação e cenografia de Nuno Carinhas. A peça estará em cena de 5 a 20 de janeiro.

Alice no País das Maravilhas, a partir de Lewis Carroll, com encenação de Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves, sobe ao palco do TNSJ, de 30 de janeiro a 10 de fevereiro.

Breu, uma produção TNSJ, em cena no TeCA, de 14 a 23 de fevereiro, é uma peça de Joana Moraes, documentada em fotografia por Paulo Pimenta. Uma criação do coletivo Musgo, que aborda a precaridade dos artistas, o desdobramento das suas funções e a profissionalização negada.

O TeCA acolhe, de 27 de fevereiro a 2 de março, Baleizão – o Valor da Memória, com concepção e direção de Aldara Bizarro.

De 21 a 23 de março, o MSBV recebe Olo: um Solo sobre um Solo, com encenação, cenografia e interpretação de Igor Sandra.

Os encenadores Nuno Carinhas e Fernando mora Ramos voltam a juntar-se, numa produção TNSJ. O Resto Já Devem Conhecer do Cinema parte da obra de Martin, que regressa às páginas de As Fenícias de Eurípides, projetando-as contra o pano de fundo de uma pergunta insidiosa: “Sim, como podem os mortos viver agora?”. O espetáculo, que se estreia no Dia Mundial do Teatro (27 de março) e pode ser visto até 14 de abril, olha com sarcasmo e humor para a Europa e para a barbárie do nosso quotidiano.

A coprodução do TNSJ e Estrutura, Pathos, uma criação de Cátia Pinheiro e José Nunes, sobe ao palco do TeCA, de 10 a 13 de abril.

O BoCA – Biennial of Contemporary Arts traz ao MSBV a estreia mundial Cattivo, de 10 a 18 de abril. Uma coprodução São Luiz Teatro Municipal, Viewer Festwochen e TNSJ. Uma Instalação para Estantes de Partituras e Outros Materiais.

Também no âmbito do BoCA, o TeCA acolhe, nos dias 17 e 18 de abril, Hello My Name Is, um espetáculo falado em inglês e tétum. Uma coprodução BoCA, Ozasia Festival, Coletivo84 e Stone/Castro, com direção de Paulo Castro e interpretação de José Da Costa. Uma Reflexão sobre a violência cometida em Timor Leste antes da independência.

No âmbito do Festival DDD – Dias de Dança, o TNSJ acolhe, de 16 a 28 de abril, Um Encontro Provocado, com coreografia, cenografia e desenho de luz de Henrique Rodovallo, numa produção Companhia Paulo Ribeiro e coprodução Teatro Viriato e TNSJ.

Ainda inserido no Festival DDD, o TNSJ recebe, nos dias 2 e 3 de maio, o espetáculo Fúria, com coreografia de Lia Rodrigues.

E, por fim, de 10 a 12 de maio, no âmbito do Festival DDD, sobe ao palco do TNSJ, Clarão, com direção artística de André Braga e Cláudia Figueiredo.

De 9 a 12 de maio o TeCA recebe a peça Damas da Noite, com encenação de Elmano Sanches. Com estreia agendada para o dia 9 de maio, trata-se de uma coprodução CulturProject, Lobo Solitário, TNDMII e TNSJ.

Em maio, no âmbito do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, com datas ainda a anunciar, o TeCA acolhe Preto, com direção artística de Marcio Abreu e produção da Companhia Brasileira de Teatro.

O que gera a recusa das diferenças nas nossas sociedades. Possibilidade de coexistência e campos de interação entre as diferenças.

Também com data a anunciar e ainda no âmbito do FITEI, sobe ao palco do TNSJ, Tchékhov é um Cogumelo, a partir de As Três Irmãs, de Anton Tchékhoc, com direção, conceção e adaptação de André Guerreiro Lopes.

E, por fim, inserido no FITEI, a peça Yo Escribo.Vos Dibujás, nos dias 23 e 24 de maio, no MSBV, com encenação de Frederico León. O espetáculo, produzido pela Zelaya, afirma o teatro como prática de autoconhecimento.

O Coro Lira convidou 10 compositores a musicarem 10 poemas de Manuel António Pina para coro de vozes infantis e juvenis. O resultado Coisas Que Não Há que Há, pode ser visto no TeCA, de 31 de maio a 1 de junho.

De 30 de maio a 8 de junho, o TNSJ acolhe A Boda, de Berlot Brecht, com tradução de Jorge Silva Melo e Vera San Payo de Lemos e encenação de Ricardo Aibéo.

Quimeras, uma criação de Luís Castro e Vel Z, é apresentado no MSBV, de 7 a 9 de junho.

Depois de ter estreado no Festival de Avignon, em França, a peça Sopro, sobe ao palco do TNSJ, de 12 a 22 de junho. Um espetáculo com texto e encenação de Tiago Rodrigues e produção TNDMII.

No TeCA, de 13 a 16 de junho, a peça Sequências Narrativas Completas, texto a partir de Álvaro Lapa e criação de João Sousa Cardoso.

O Poeta Acorrentado à Mesa, uma coprodução Debataberto e TNSJ, estreia no TeCA a 26 de junho. Em cena até ao dia 30 de junho, a peça apresenta a vida e obra do francês Louis Ferdinand Céline, de João Samões.

Em julho, de 4 a 6, sobe ao palco do TNSJ, Lux-Lucis, espetáculo dos Drumming, com direção artística de Miguel Bernat. Um espetáculo que considera a luz como primeiro elemento criativo, moldando-a como a poesia do espaço e fundindo-a com a música, numa relação muito íntima.

De 11 a 27 de julho, o TeCA acolhe Bonecas, de Ana Luena a partir do conto inédito Boneca de Papel de Afonso Cruz e do universo de Paula Rego.

No TNSJ, de 18 a 28 de julho, a estreia de Wild Spring, a partir de Arnold Wesker, numa tradução de Ana Luísa Amaral e encenação de Jorge Pinto.

Da programação apresentada, nota ainda para as Leituras no Mosteiro, nos dias 15 de janeiro, com Tirésias, de Guillaume Apollinaire; 19 de fevereiro, com Guillerme Tell Tem os Olhos Tristes, de Alfonso Sastre e 19 de março, com Joana d’Arc: a Cotovia, de Jean Anouilh. As Leituras no Mosteiro promovem um périplo pelas edições dos anos 50-60 e contam ainda com a data extra a 26 de fevereiro para leitura de textos feitos ao longo do 1º semestre do Curso de Pós-Graduação em Dramarturgia.

O Centro Educativo propõe diversas atividades como Escolas no Teatro; Leituras Dramatizadas, Oficinas de Micropedagogias e Oficinas de Páscoa e de Verão para jovens.

Autor:Texto de Rosa Margarida
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