Teatro Nacional D. Maria II assinala 50 anos de incêncio fatídico e aposta nas coproduções nesta temporada

dona_maria_iiO Teatro Nacional D. Maria II destaca nesta temporada o Projeto Memória. Este assinala os 50 anos do incêndio que destruiu quase por completo o edifício, que só viria a reabrir em 1978.

Assim, a 2 de dezembro deste ano, no preciso dia em que se assinalam 50 anos do fatídico acontecimento, é inaugurada a exposição O Nacional está a arder! O incêndio de 1964 e o fim de época, comissariada por Cristina Faria, e que procura dar a conhecer a história do incêndio do Teatro Nacional. A mostra estará aberta ao público na 1.ª Ordem, durante toda a temporada. Na sequência desse trabalho, será editada em conjunto com a IN-CM, uma monografia/catálogo que dará conta da extensa investigação realizada pela equipa liderada por Cristina Faria.

Ainda em dezembro, é apresentado o livro TNDM II – Memória e imagens, da autoria de Paulo Catrica e que será apresentado no Salão Nobre no dia 2 de dezembro. Trata-se de uma encomenda do Teatro Nacional D. Maria II que procura, através da fotografia e de múltiplas narrativas na primeira pessoa, registar a as memórias das emoções vividas.

Quanto a peças, a temporada é marcada pelas coproduções. Da responsabilidade exclusiva do D. Maria só mesmo Cyrano de Bergerac, que marca o regresso de Diogo Infante e tem encenação do próprio João Mota, o seu sucessor no lugar de diretor artístico, e Saxo Tenor, obra do dramaturgo galego Roberto Vidal Bolaño.

Já em exibição e em cena, na Sala Garrett até 9 de novembro está Pílades, de Pier Paolo Pasolini. Coprodução com o Teatro de S. João e a Cornucópia, a tragédia escrita pelo realizador de cinema italiano tem encenação de Luís Miguel Cintra e interpretação de, entre outros, Ana Amaral, Bernardo Nabais, Dinis Gomes, Duarte Guimarães. Já entre 3 de janeiro e 1 de fevereiro será tempo de o Teatro de Montemuro apresentar na sala lisboeta Memórias Partilhadas, bisando entre 7 e 30 de janeiro com À Espera que Volte, de Paulo Duarte e Madalena Victorino. A Mala Voadora propõe Pirandello, de 12 de março a 4 de abril.

Cyrano de Bergerac, um dos pontos altos da temporada, estreia na Sala Garrett a 8 de janeiro, ficando em cena até 1 de março. Da autoria de Edmond de Rostand, a peça conta com a encenação de João Mota. O papel principal, esse cabe a Diogo Infante, que terá a seu lado nomes como Virgílio Castelo, João Grosso ou Paula Mora.

Como vem sendo hábito, o D. Maria II associa-se ainda a diversos eventos, entre os quais o Festival de Almada, o FIMFA e o Projecto Nós – Território Es(Cénico) Portugal Galicia.

Texto de Alexandra Gil
Foto de Arquivo C&H
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