Teatro Carlos Alberto Acolhe Sete Espetáculos Do MEXE 

Entre os dias 18 e 24 de setembro, o MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade está de regresso ao Porto sob o tema “Cidade-Corpo Coletivo”. O Teatro Carlos Alberto acolhe sete iniciativas do evento, que decorrerá em diferentes espaços da cidade. 

Assente em quatro pilares (apresentação, pensamento, formação e documentação), a quarta edição do MEXE assinala os dez anos da Pele, coletivo do Porto que tem trabalhado em diferentes linguagens artísticas como o teatro, a música e a dança, com a estreia do documentário “O que acontece quando a Pele se Mexe?”, no dia 18 de setembro, às 19h30, no TeCA, com guião e realização de Nuno F. Santos.

No âmbito do MEXE, o Teatro Carlos Alberto propõe também a oficina Fuenteovejuna/Atalaya-TNT, no dia 22 de setembro, às 11h00, com a orientação de Carina Rámirez Montero, David Montero e Rocio Montero Maya, assente na partilha do trabalho realizado com mulheres ciganas do acampamento de Vacie (Sevilha) que sobem também ao palco do TeCa para interpretarem Fuenteovejuna, o clássico de Lope Veja. O espetáculo sobre a insurgência contra a injustiça e os abusos de poder tem direção de Pepe Gamboa e estará em cena no dia 21 de setembro, às 21h00.

No mesmo dia, às 21h00, a companhia CIA Marginal apresenta Eles Não Usam Tênis Naique, um espetáculo com encenação de Isabel Penoni que coloca em cena um debate ideológico através do reencontro de um pai e uma filha, ambos traficantes de droga no Rio de Janeiro, mas pertencentes a gerações distintas. 

A 23 de setembro, às 21h00, Quando o Mar É Mais põe Esposende estabelece um diálogo entre o passado, o presente e o futuro da cidade, um local de mar, horizonte, de partidas e chegadas, de náufragos e emigrantes. O espetáculo, com direção artística de Hugo Cruz e Susana Madeira, envolve a comunidade local da região, com um elenco de mais de três dezenas de pessoas, e conta com textos de Afonso Cruz, Ernest Hemingway, Sofia de Mello Breyner, entre outros. 

Com base em testemunhos de atores e atrizes do grupo Aullidos de Otxar, oriundos do bairro Otxarkoaga – local para onde foram viver com os seus pais nos anos do franquismo em Bilbao – assim como de outros moradores do bairro, La Vida en Una Maleta explora os sentimentos daqueles que deixam a sua terra em busca de um futuro melhor para viver. Com direção artística de Arantxa Lurre, o espetáculo sobre as viagens sem retorno vai ser apresentado no dia 24 de setembro, às 16h00.

A par dos espetáculos, o MEXE promove também a segunda edição do Encontro Internacional de Reflexão sobre Práticas Artísticas Comunitárias, nas quais teóricos e “fazedores” se reúnem com o intuito de promover aproximações entre a academia, o meio artístico e a sociedade. A iniciativa decorre em três sessões, nos dias 19, 20 e 21 de setembro, entre as 9h30 e as 12h30, no TeCA. 

Os bilhetes para os espetáculos do MEXE no Teatro Carlos Alberto podem ser adquiridos por cinco euros.

Autor:Texto de Sandra Mesquita
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