Over Flow, é a exposição individual de Tadashi Kawamata que ocupa a Galeria Oval do MAAT. Nas Galerias encontram-se outros três olhares distintos sobre a arte contemporânea: a coletiva Haus Wittgenstein que abarca a arte, a arquitetura e a filosfofia; Cenário na Sombra dos americanos Jonah Freeman e Justin Lowe e Linguistic Ground Zero de João Louro.
Tadashi Kawamata – Over Flow
Tadashi Kawamata foca questões em torno do turismo e da ecologia globais. Trata-se de uma instalação imersiva que convida o visitante a experienciar uma paisagem marítima ,na sequência de uma catástrofe ecológica imaginária, em que os detritos transportados pelos oceanos engoliram a civilização.
Este artista japonês, conhecido pelos seus ambientes arquitetónicos sustentáveis de grande escala, desenvolveu o projeto ao longo de um ano de pesquisa e trabalho de campo em Portugal, culminando num workshop com artistas e arquitetos orientado pelo coletivo arquitetónico Os Espacialistas.
A instalação encomendada pelo MAAT integra resíduos de plástico e barcos abandonados, recolhidos na costa portuguesa durante as campanhas de limpeza de praias (com o contributo de voluntários da Brigada do Mar, de associações da Câmara Municipal de Almada e do Porto da Nazaré). Estes elementos compõem uma forma escultórica que sugere os elementos poluentes agregados pelos movimentos perpétuos dos oceanos, bem como os efeitos do turismo global e o seu consumo dramático de recursos naturais.
A instalação pode ser vista até ao dia 1 de abril.
Haus Wittgenstein – Arte, Arquitetura & Filosofia
Esta exposição tem curadoria de Nuno Crespo e o mote são os 90 anos da Haus Wittgenstein em Viena. O projeto, iniciado em 1926 e concluído em 1928, deu origem a uma casa na qual se cruzam arte, arquitetura e filosofia. O filósofo Ludwig Wittgenstein foi o arquiteto, mas a história do projeto foi motivo de inspiração de muitos artistas, arquitetos e escritores.
Participam, nesta exposição artistas como Leonor Antunes, John Baldessari, Mel Bochner, Pedro Cabrita Reis, Bruce Nauman, Julião Sarmento, Lawrence Weiner, entre outros. Pode ser vista até 25 de fevereiro.
Jonah Freeman e Justin Lowe – Cenário na Sombra
Na primeira exposição do programa Video Room do MAAT, a dupla nova-iorquina Jonah Freeman & Justin Lowe apresenta Scenario in the Shade, uma instalação ambiental imersiva que joga com os conceitos de urbanismo hipertrópico, comunidade, ritual e psicofarmacologia. Apresentada pela primeira vez na Bienal de Istambul em 2017, comissariada por Michael Elmgreen e Ingar Dragset, esta é a segunda vez que esta grande instalação é apresentada na Europa, depois de ter sido vista na Kunsthal Charlottenburg, em Copenhaga.
A exposição tem Pedro Gadanho e Rita Marques como curadores e pode ser vista até 25 de fevereiro.
João Louro – Linguistic Ground Zero
Linguistic Ground Zero, o novo projeto de João Louro, pensado para o Project Room do MAAT, reflete sobre o momento no qual arte e sociedade parecem estar de acordo com a necessidade de acabar com tudo. A sua proposta consiste numa reprodução de “Little Boy” – a primeira bomba atómica da História, que arrasou a cidade japonesa de Hiroxima em 6 de agosto de 1945.
David G. Torres é o curador desta exposição que pode ser vista até 22 de abril.
A Central e o MAAT estão abertos ao público das 11h00 às 19h00. O bilhete de acesso a todas as exposições no MAAT custa 5 euros. Há descontos para estudantes, seniores e grupos entre outros. No primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita.