Rui Veloso encerrou na noite de 22 de agosto, as Noites do Palácio, com chave de ouro. O evento, organizado pela EIN e PEV em parceria com a Câmara municipal do Porto, contou com nomes como Jorge Palma, Blind Zero, HMB, entre outros.
A extensa discografia recheada de êxitos fazia prever uma noite memorável. Na cidade que o viu crescer, Rui Veloso, com a descontração e boa-disposição (habituais) brindou o público com um concerto ímpar.
Rui Veloso e os seus músicos subiram ao palco com “Todo o Tempo do Mundo”, seguindo-se, no alinhamento, os temas “Já Não Há Canções de Amor”, “Os Velhos do Jardim” e “A Origem do Mal”.
O tempo, entre músicas, foi preenchido com o (bom!) do anfitrião que faz do palco a sua casa – e como sabe receber e entreter o público! Rui ‘apresenta’ a sua mãe, de 96 anos, sentada na primeira fila. O coro de aplausos, de felicidade alheia faz antever uma noite de cumplicidade e de (excelente) música.
Após o “Primeiro Beijo”, Rui agradece a presença de Rui Moreira, presidente da Câmara municipal do Porto e agradece ainda a presença do publico e lembra o quão importantes, nestes tempos atípicos, estes eventos são para os músicos e as equipas, porque <vocês estarem aí é que nos põe o pão na mesa e nos permite ter esta sensação de imortalidade que o palco nos dá.
Uma imortalidade granjeada quando o músico, sozinho em palco, presenteia a plateia com o “Elétrico Amarelo”, com a guitarra (branca, em estreia) e a voz a encherem o espaço e a sobreporem-se ao tempo.
Regressa a banda para o o “Porto Sentido” e o “Porto Covo” e o público, sentado, de máscaras (alguns), de braços no ar, canta as letras que sabe de cor. Rui ‘permite-se’ homenagear. Num , seguem-se os conhecidos temas, trauteados pelo público, “Nunca Me Esqueci de Ti” e “Lado Lunar”.
Quase ao cair do pano “Esta Mulher é a Minha Ruína” e a fechar “Chico Fininho”, com Rui Veloso a apresentar a banda a a despedir-se do público.
Haveria de volta, para um encore com “Fado do Ladrão Enamorado” e “Guadiana”. “Não Há Estrelas no Céu” e “Paixão” foram os temas do grand final.
Não havia de facto, estrelas no céu e a noite nortenha estava fria, mas nos Jardins do Palácio, o ‘pai do rock português’ não deixou créditos por mão alheia e proporcionou um concerto memorável e intemporal….