Rui Horta apresenta hoje nova coreografia na Culturgest

Hierarquia das Nuvens_SaraSantos-29

Hierarquia das Núvens, de Rui Horta, estreia mais logo, na Culturgest, O coreógrafo regressa, com este novo trabalho, ao corpo e à composição coreográfica de grupo. O conceito desta obra surgiu na sequencia de uma conferência a que assistiu, na qual participou Delfim Sardo, e onde foi referido o universo de Foulcaut e o espaço da experiencia teatral. Rui Horta deu corpo ao que lhe faltava planear para a peça que agora estreia.

E que lugar é esta Hieraquia das Núvens? Recorrendo às palavras do próprio trata-se de um “espaço habitado, negociado por sete corpos, visto não apenas como território, mas sobretudo como um lugar imaginário, que os atrai, quebrando fronteiras e limites. Espaço que só faz sentido se for habitado por esses corpos e escarificado pelo seu movimento. Uma gestualidade que abre a porta de um espaço transformado em lugar pela linguagem coreográfica. Uma pergunta paira sobre a obra: porque queremos estar sempre em outro lugar? A que hierarquia obedecemos nos momentos de escolher? E no entanto a resposta, apesar de minuciosa como uma partitura, escapa à narrativa e é habitada por uma poética que transcende a compreensão: o território mais puro da dança. Chamei-lhe Hierarquia das Nuvens.”

A peça, abstrata, não tem uma narrativa estabelecida, apenas um território sensorial e uma teatralidade inerente a cada um dos intérpretes. O enfoque do trabalho situa-se no movimento puro e na composição coreográfica minuciosa. Filipa Peraltinha, André Cabral, Teresa Alves da Silva, Samuel Retortillo, Silvia Rjymer, Phil Sanger, Silvia Bertoncelli são os seis intérpretes em palco. A música ao vivo é de de Rui Carvalho (Filho da Mãe).

This slideshow requires JavaScript.

Hierarquia das Núvens pode ser visto hoje e amanhã no Grande Auditório da Culturgest, às 21h30. Os bilhetes custam 12 euros (5 euros até aos 30 anos). Tem duração prevista de 1h15. Na sessão de hoje, após o espetáculo, haverá uma conversa com os artistas na sala 1.

O espetáculo segue depois em digressão, por Guimarães (18 de outubro no Centro Cultural Vila Flor), Torres Novas (24 de outubro no Teatro Virgínia), Oliveira do Bairro (25 outubro no Quartel das Artes), Zaragoza (1 e 2 de novembro no Teatro Principal), Montemor-o-Novo (8 de novembro no Cine-Teatro Curvo Semedo) e Madrid (22 de novembro no Teatro Paco Rabal)

Texto de Tânia Fernandes, fotografias de Sara Santos

 

Artigo anteriorMuseu do Oriente recebe exposição Os Cavalos de Manuel Amado
Próximo artigoFundação Gulbenkian estreia ópera a partir de texto inédito de Agustina Bessa-Luís

Leave a Reply