Na quinta-feira sete bandas animaram os primeiros festivaleiros, no palco Rio. O recinto, constituído por três palcos, teve este ano novidades como a Feira das Almas, mais demonstrações, espaço para street art e o Cinema Reverence. O ambiente de festival continua fiel à sua origem, com enorme facilidade e gosto por circular em todo o recinto, podendo o festivaleiro estrategicamente seguir todas as bandas distribuídas pelos 3 palcos. A zona da restauração sem confusão, tinha nesta edição sugestões mais tradicionais como o porco assado no espeto. O parque das merendas permite, a todos, usufruir de um espaço à sombra com o início das primeiras bandas, ainda com o sol muito alto.
O último dia de festival do Reverence inicia com um recinto mais vazio e com os festivaleiros a circular lentamente e a usufruir da relva para descansar, num clima quente e abafado, apesar de junto ao rio. O palco Praia inicia a ordem de trabalhos com Celica XX e Jennifer. Com o espaço de restauração e das artes performativas a atrair a atenção, enquanto o ambiente aquece para mais uma noite de rock… O público começa a chegar e Samsara Blues Experiment tocam para uma plateia considerável que aplaude estes rapazes alemães a fazer psyche e doom rock desde 2007. Os portugueses The Jack Shits e as suas guitarras animam e comunicam com um público, que apesar de escasso, no palco Praia, revela verdadeiros fãs a gritar as letras e a aplaudir! O palco Reverence abre com 10000 Russos e o seu som distorcido e as posturas em palco enigmáticas deste trio português. O público move-se em direção ao palco Praia à procura do som The Act-ups. Mesmo que desconhecidos, a sonoridade das guitarras e a voz não deixam ninguém indiferente. O auge do experimental psychedelic rock foi ao som de One Unique Signal.
O último dia do festival possibilitou uma multiplicidade de sons agradando a públicos diversos que se entusiasmavam ou aguardavam mais uma bandado que outra, e que inevitavelmente descobrem um ou outro som, que os leva a procurar no alinhamento ou a perguntar quem são e de onde vêm…Este último dia foi dos portugueses, dando-se o apogeu no palco Reverence com a prestação de Sean Riley & The Slowriders. Os admiradores aclamaram, os que os ouviam pela primeira vez dançaram. Bastante comunicativos, os rapazes agradeceram o concerto num cenário ideal! O concerto mais aguardado pelos que adoram e pelos curiosos acontecia no palco Reverence, cheio, com os Amon Düül II. Estes senhores fizeram justiça à excentricidade da origem da banda…
O rock surgiu admiravelmente pelos italianos Calibro 35 que captaram atenção numa mistura de funk, jazz que soava a diálogo entre todos os músicos numa sintonia perfeita. Os internacionais The Horrors fizeram a sua entrada à 01h00 no palco principal, com um concerto por muitos aguardado, com enorme espetáculo de sons e luzes que fizeram estes rapazes brilhar, no seu ar pop british! Com um historial considerável de discos editados testemunharam o sucesso conseguido! O metal rock seguia-se com os mais recentes Lâmina, e com a certeza de que estes rapazes e rapariga (bateria) vão dar que falar! O palco Rio acolhe as últimas bandas da noite como Eletric Moon e Magic Castles que embalam os resistentes num fim-de-semana que já vai longo!
Acid Acid terminam este festival entrando em placo às 05h15 e ecoando sons pelo campismo e pelo sfestivaleiros que se afastam na esperança de que esta segunda edição seja a afirmação de um festival que veio para ficar!
Reportagem de Marina Costa (Texto e Fotos)