A Igreja de São Roque, em Lisboa, recebe, entre os dias 5 e 25 de maio de 2019, Quadros Vivos De Caravaggio, que recria e apresenta em palco 21 obras do pintor italiano ao som do Requiem de Mozart.
A apresentação ao vivo de várias obras de Caravaggio (1571-1610) decorre em 10 sessões (dias 5, 8, 9, 10, 11, 12, 24 e 25 de maio, às 21h30 e dias 11 e 25 de maio, às 19h00), com duração de 60 minutos, e com encenação de Ricardo Barceló e interpretações de Ana Cris, Bárbara Cordeiro, Daniela Serra, Jan Gones e Óscar Silva.
Michelangelo Merisi da Caravaggio pintou, fundamentalmente, temas religiosos. Nos seus quadros, em vez de adotar figuras etéreas delicadas e perfeitas para representar acontecimentos e personagens bíblicos, preferia modelos mais próximos das figuras do povo, procurando a realidade crua, palpável e quase sensorial da representação. Esta representação da irredutibilidade humana incorporava a imperfeição e o mundano em cenas ousadas, características estas que distinguem as obras de Caravaggio.
Judite e Holofernes, Madonna di Loreto e a Adoração dos Pastores são algumas das obras do pintor italiano a apresentar na Igreja de São Roque sobre a forma de Quadros Vivos.
O género quadros vivos – traduzido do francês tableaux vivant -, teve sua popularidade entre 1830 e 1920. Tipicamente, o elenco de personagens representava, em palco, cenas da literatura, da arte, da história ou da vida quotidiana. Içada a cortina, os modelos permaneciam estáticos e em silêncio durante cerca de trinta segundos. Era colocada profunda enfâse na encenação, pose, traje, maquiagem, iluminação e, sobretudo, expressão facial dos modelos. Por vezes, um poema ou música acompanhava a cena.
A dramatização que será levada à cena na Igreja de são Roque recria em palco uma sequência completa de obras do pintor italiano, que se vai construindo e desconstruindo.
Acompanhada pelo Requiem de Mozart, cada dramatização é trabalhada com luz por forma emular o efeito luminoso característico das obras de Caravaggio.
A entrada é condicionada à aquisição do catálogo das obras a dramatizar, e custa 15 euros.