Principezinho Faz-nos Acreditar … No Politeama

Reportagem de Elsa Furtado (Texto) e Francisco Padrão Mota (Fotos)

“Ver com os o coração porque os olhos são cegos”, acreditar, ter fé, esperança, imaginar, são algumas das mensagens que o Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry tenta passar a quem lê o livro, ou vê a estória, seja em desenhos animados, no cinema ou no teatro, um repto mais uma vez lançado na nova versão da estória encenada por Filipe La Féria, desta vez toda cantada, no Teatro Politeama, e que se prevê de grande sucesso.

O protagonista é um menino louro, um menino talvez igual a tantos outros, mas acima de tudo um menino, com a capacidade de acreditar das crianças, na sua imaginação tudo é possível, basta acreditar. Um menino muito especial, oriundo do asteróide B 612, e que de repente se vê em pleno deserto africano, no planeta Terra.

principezinho_laferia2014-004Na sua viagem até chegar ao nosso planeta, o Pequeno Príncipe passa por outros planetas, como o do Rei, do Vaidoso, do Homem de Negócios, do Bêbado, do Acendedor de Candeeiros e do Geográfo, mas é na Terra que ele fica mais tempo e vai fazer amigos.

O primeiro de todos é um Aviador, (um homem que cai no deserto com o seu avião e a quem o Principezinho começa por pedir para desenhar uma ovelha), e o segundo amigo é uma Raposa, um animal que assustaria qualquer ser humano, mas não este pequeno. Com ela, o nosso herói vai aprender a ver para além das aparências e a ver com o coração.

É também aqui, que ele encontra seres maus e dissimulados, como dois vendedores e uma serpente, que o tentam aliciar com promessas falsas de maravilhas e alegrias.

É ainda na Terra, que o Principezinho começa a dar valor ao seu Planeta, a sentir saudades dele e da sua Flor – o seu único afecto, num planeta árido, sem mais nada, mas que é a sua casa e a sua única amiga até então, e aonde ele quer regressar.

A estória foi escrita durante a Segunda Guerra Mundial e publicada em 1943, por um adulto que nunca deixou de acreditar e sonhar, e desde então, tem passado de geração em geração, tornando a sua mensagem imortal e sempre atual, como este novo musical vem demonstrar.

Combinando multimedia e atores reais, num cenário minimalista, Filipe La Féria traz-nos mais uma vez um grande musical, que faz sorrir, chorar, mas acima de tudo pensar, sonhar e acreditar.

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A dar corpo às personagens de Saint-Exupéry temos um leque de atores fantástico, nomeadamente Bruno Xavier – o Aviador; Sara Cabeleira – a Flor; Tiago Isidro – Rei e Homem de Negócios; Paulo Miguel – Vaidoso e Geógrafo; Sérgio Lucas – Bêbado e Acendedor de Candeeiros (numa homenagem a Charlie Chaplin e ao seu Charlot); Bruna Andrade – Serpente; David Mesquita – Raposa e Ana Sofia Cruz – vendedora árabe, e por fim, mas sendo os primeiros, sete promissores jovens atores  a interpretar o papel do Principezinho: Afonso D’ Almeida; Francisco Magalhães; João Sá Coelho ( o Principezinho da estreia); Miguel Palma; Pedro Goulão; Rodrigo Melo e Rui Pereira.

A adaptação, encenação, figurinos e cenário são da responsabilidade de Filipe La Féria, a dramaturgia de Helena Rocha e a direcção musical de Miguel Camilo.

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O Principezinho pode ser visto aos sábados e domingos, às 15h00, público em geral, e os bilhetes variam entre os 7,50 euros (primeiro balcão) e os 12,50 euros (plateia e 1ª tribuna), e podem ser adquiridos online e na bilheteira do Politeama.

O horário para as escolas é de terça a sexta-feira, às 11h00 e às 14h00 e o preço varia consoante o número de crianças, as reservas podem ser feitas por telefone ou por email para o Teatro.

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