Pós-Pop. Fora Do Lugar-Comum Para Ver Na Gulbenkian Até 10 De Setembro

Pós-Pop. Fora do lugar-comum no Museu Calouste Gulbenkian

Pós-Pop. Fora do lugar-comum – Desvios da «Pop» em Portugal e Inglaterra, 1965-1975 é a exposição que a Fundação Calouste Gulbenkian apresenta até 10 de setembro na Galeria Principal do Edifício Sede, em Lisboa.

A exposição apresenta obras produzidas entre 1965 e 1975, em Portugal e Inglaterra, e nas quais se nota uma unidade que tem a ver com a divergência bem-humorada em relação ao lugar-comum proposto pela Pop Art. E, no caso dos artistas portugueses, verdadeiros trânsfugas da mediocridade que se vivia em Portugal, encontramos um laço comum que foi o terem procurado inspiração e incentivo no estrangeiro, em Paris, e, sobretudo, em Londres, verdadeira meca dos anos 1960.

Na exposição podem-se ver obras dos artistas portugueses Teresa Magalhães (finais dos anos 1960), Ruy Leitão, Eduardo Batarda, Menez, Nikias Skapinakis, Fátima Vaz, Clara Menéres, João Cutileiro, José de Guimarães, Maria José Aguiar, Ana Vieira, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Hatherly, Manuel Baptista, António Palolo, Fernando Calhau, Sá Nogueira, Sérgio Pombo, René Bertholo, João Abel Manta, e dos ingleses Bernard Cohen, Tom Phillips, Jeremy Moon,Patrick Caulfield, Allen Jones, entre outros. A curadoria é de Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas.

Segundo as curadoras a mostra dá conta do modo como os diversos artistas portugueses e ingleses receberam e transcenderam a lição da Pop, afastando-se do lugar-comum proposto por esta linguagem.

A exposição inicia-se em 1965, em plena guerra colonial, e termina em 1975, no ano a seguir à revolução portuguesa, mostrando como a tensão política que se viveu até 1974 teve eco na arte produzida e como o desejo de liberdade, subtilmente presente em toda esta criação artística, se reflete nas obras posteriores ao 25 de Abril.

“Em Portugal a influência da Pop foi tardia, conjugada com o “novo realismo” francês e com diferentes linguagens artísticas na constituição de uma nova cultura visual. Com o apoio de bolsas de estudo e de viagem atribuídas pela Fundação Calouste Gulbenkian, vários artistas foram, ao longo das décadas de 1960 e de 1970, para Paris e sobretudo Londres, onde contactaram diretamente com o vibrante meio cultural e artístico”.

A mostra é complementada com um programa que inclui visitas orientadas, conferências, e ciclo de encontros.

A mostra pode ser visitada de quarta a terça feira, das 10h00 às 18h00, até dia 10 de setembro. Os bilhetes estão à venda no local e custam 5 euros.

Autor:Texto de Elsa Furtado / Fotos de Tânia Fernandes
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