Pestana Tróia Eco Resort: Um empreendimento onde há mais natureza que casas

O grupo Pestana, a maior cadeia hoteleira portuguesa, assinalou esta semana o arranque do Pestana Tróia Eco-Resort & Residences, empreendimento imobiliário de luxo, ecologicamente sustentável, que inclui dois aldeamentos turísticos e um aparthotel, o que vai motivar um investimento de 90 milhões de euros.

O empreendimento será o primeiro Eco-resort de cinco estrelas da Península de Tróia e marca o arranque da primeira fase da construção dum projecto “único e ambicioso” que elege a sustentabilidade como âncora diferenciadora e que inclui zona imobiliária, hoteleira, zona comercial e zonas de lazer. Para a realização deste projecto, o grupo Pestana desenvolveu uma parceria com o grupo Sonae, que controla 20 por cento do capital.

Na apresentação do projecto, que decorreu na passada segunda-feira, no local onde vai nascer o Pestana Tróia Eco-Resort & Residences, Dionísio Pestana, presidente do Grupo, sublinhou que “este dia marca uma nova fase neste projecto que começou com um sonho há cerca de dez anos atrás. Hoje, passados muitos obstáculos e alguns desafios, lançamos a primeira pedra desta realidade de potencial único que se chama Pestana Tróia Eco-Resort”. O empresário acrescentou ainda que este projecto “é estruturante para os interesses e objectivos do grupo e não vai parar mesmo tendo em conta as dificuldades económicas e financeiras do país”.

Para comprovar que esta é uma aposta ganha estão o número de vendas, já que até ao início de Abril, 80 por cento das moradias e, pelo menos, sete lotes de terreno já estavam vendidos.

Também presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra do empreendimento esteve Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo, que gabou a “coragem” dos investidores, sublinhando o facto deste projecto “conferir à região a notoriedade que esta precisa”. “É um projecto que cria valor e emprego, que tem uma baixa densidade de construção e que traz um grande arrojo para o território”, acrescentou, na mesma ocasião, o responsável.

 

Pestana junta-se em Tróia à Amorim e à Sonae

 

O presidente da Câmara de Grândola, Carlos Beato, congratulou-se por ter conseguido trazer até à região mais este “grande” empreendedor turístico, que se junta agora a outros, como a Amorim Turismo ou a Sonae Turismo, numa zona que diz estar “excepcionalmente localizada, ambientalmente conservada e urbanamente conservada”. “Este novo empreendimento cumpre todas as diretrizes dos vários planos de ordenamento do território”, afiançou ainda o autarca, depois de sublinhar que este se tratava de um “momento especial”.

Localizado num terreno de 100 hectares junto à costa, com uma frente de dois quilómetros de praia virgem, o futuro Eco-Resort terá uma componente hoteleira e habitacional, com zonas de lazer e vários outros equipamentos comuns.

A sua construção será de baixa densidade, com reduzido impacto paisagístico e com a utilização de soluções arquitectónicas em harmonia com a envolvente natural. A este propósito, o Grupo Pestana adiantou que o empreendimento está a “prosseguir com a certificação pelo sistema BREEAM-BRE Environmental Assessment Method – um dos mais exigentes e reconhecidos métodos internscionais de certificação para edifícos”.

A componente imobiliária e hoteleira deverá ter a assinatura de ateliês de arquitectura, nomeadamente João de Almeida & Pedro Ferreira Pinto, Open Book, Rui Pinto Gonçalves, RRCRS Arquitectos, Miguel Passos de Almeida, Gonçalo Salazar de Sousa Arquitectos, Modular Systems e Promontório Architecture.

As casas, de apenas dois pisos (rés-do-chão e primeiro andar) serão em madeira e modulares, ou seja, vêm em blocos pré-montados, sendo apenas necessário agregá-los, e estarão assentes sobre estacas, não provocando a impermeabilização do solo. Além disso, a envolvente ficará “com a areia e a vegetação típica do local, porque se colocássemos aqui relva, desvirtuava a paisagem”, explicou Carlos Góis, um dos líderes da empresa Modular System (um dos ateliês de arquitectura que assinam a componente imobiliária e hoteleira do resort) ao Canela & Hortelã.

 

Moradias sem vista para o mar

 

Atendendo ao facto de mais de metade da área onde o resort está implementado ser reserva ecológica, e para a proteger todas as construções, as moradias vão ter de ser feitas a 300 metros da praia, uma situação recorrente em Tróia e que abrange todos os empreendimentos da zona.

Por esta razão, haverá pouca construção para a área total que o empreendimento ocupa, já que em 100 hectares (o equivalente a cem campos de futebol), serão apenas construídas mil camas distribuídas por um aparthotel de 150 unidades (T2 e T2+1), 70 ‘townhouses’ de 120 metros quadrados e 77 habitações (34 apartamentos e 43 moradias geminadas) de 300 metros quadrados em terrenos que podem ter entre 1.000 e 2.500 metros quadrados.

O projecto vai ser desenvolvido ao longo de três fases, estando previsto na primeira a construção de 35 moradias geminadas e 28 lotes de terreno para moradias exclusivas, cuja conclusão está prevista para o Verão de 2012, apesar deste resort ser um projecto a desenvolver durante os próximos dez anos. A construção do hotel fará já parte da segunda fase.

O empreendimento vai dispor ainda de Club-house de uso exclusivo dos proprietários com piscina interior e exterior, ginásio, Spa, sala de jogos e de leitura, zona de repouso e kids club. O Pestana Tróia Eco-Resort e Residences vai também dispor de dois courts de ténis, um campo de jogos multiusos, um clube de mergulho e está ainda prevista a construção de um bar e restaurante de praia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto e fotos de Cristina Alves

 

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