Optimus Alive – Dia 1: arranca a meio-gás com bandas tão díspares como Danko Jones, Snow Patrol e Justice

Reportagem de Sara Peralta (Textos) e Sara Santos (Fotos)

Foi na sexta-feira 13,  que o Passeio Marítimo de Algés recebeu um dos maiores festivais de música do país, que ganha cada vez mais reconhecimento internacional sendo considerado um dos melhores festivais europeus, com um preço mais apelativo que, por exemplo, os britânicos.

A inaugurar o palco principal desta edição estiveram Danko Jones, rockeiros canadianos que não desiludiram, liderados por um vocalista comunicativo. Embora começando cedo e fente a pouco público, Danko Jones tem os seus fãs, e conseguiu animar os presentes.

Nos palcos secundários haviam já actuado The Royal Blasphemy, Rory Phillips, The Parkinsons e Aeroplane, neste evento que divide públicos, deixando alguns vagueando pelo recinto e saltitando entre palcos.

Dum Dum Girls, banda inteiramente feminina como sugere o nome, iam numa animada actuação no palco heineken, quando sobem ao principal os Refused, apresentando um concerto nostálgico e enérgico. A plateia, escassa e descontraída, curtiu o concerto batendo o pé e aplaudindo a banda, simpática, comunicativa, e satisfeita por actuar ali.

Miúda (projecto nacional com a colaboração de diversos artistas) atraíu bastante gente ao palco secundário, com a vocalista Mel do Monte cantando músicas como “Durmo Com Quem Eu Quero” acompanhada a coro pelos presentes, e “Meu Amor”, ou “Na Cidade”, entre outras.

Às 21h10 Snow Patrol iniciam um concerto recheado de êxitos, onde não faltaram “Chasing Cars”, “Open Your Eyes”, “Run”, ou “Just Say Yes”. A multidão adensa-se junto ao palco, mas ainda não é numerosa, com pessoas descontraídas oriundas dos mais variados pontos da Europa, formando uma plateia com “folga” para dançar.

Com Snow Patrol como música de fundo, é pelas 21h40 que se fazem ouvir verdadeiros gritos no palco heineken, aguardando os LMFAO. A sonora recepção do público faz-se acompanhar de raparigas “abraçadas” às grades, num histerismo que contrasta com a calmaria do palco principal. Foi um público muito jovem que recebeu apenas metade da dupla, RedFoo, que os presenteou com chuvas de serpentinas e bolas de praia, encenando as suas danças ousadas frente a palmeiras insufláveis, e perante a plateia cheia e eufórica, foram cantados todos os êxitos, com espaço para covers.

Quanto ao concerto de Stone Roses, a penúltima banda a pisar o palco principal, a opinião pareceu ser unânime: desilusão. Longe vão os tempos do álbum homónimo do final dos anos 80, e distante (em Manchester, mais precisamente) se situa a “febre” por este grupo britânico, que em território nacional actua perante uma plateia passiva. O vocalista desafina, uma boa parte do público parece nem saber quem é a banda, e, diga-se, esta também não inspira grande empatia. No entanto nem tudo foi mau, e o público ainda entoou “I Am The Ressurrection”, e “Made Of Stone” e “Love Spreads” animaram.

Num “mundo à parte”, Santigold animava o palco Heineken, e Busy P o Optimus Clubbing. Santi White convida os presentes a dançar com ela em palco, e encerra com “Big Mouth”, música feita em colaboração com os Buraka Som Sistema.

O público no Palco Heineken decrescera significativamente, após os LMFAO, mas volta a acorrer para os Buraka. Encabeçando o cartaz do palco secundário, a banda voltou a encher a tenda, prestando uma performance verdadeiramente enérgica com a multidão a dançar sem receio ao som de “Kalemba (Wegue Wegue)”, passando por “Wawaba” e “Candonga”, e não esquecendo “(We Stay) Up All Night” (a música “inserida” em “Big Mouth” de Santigold). Puxando mais pelo público do que as actuações do palco principal, a banda “mexeu” e encantou, convidando também alguns a dançar em palco.

Os Justice pretendiam pôr o público a dançar e assim o fizeram, sem surpreender, por entre um alinhamento curto e com versões algo diferentes, várias encurtadas. Não faltaram “Genesis” e “Civilization”, “D.A.N.C.E.”, ou a estrondosa “Phantom”. O público rumou ainda ao concerto de Death In Vegas, que não desiludiu (pelo contrário), com o seu rock electrónico encerrando animadamente a noite em tons psicalédicos.

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