A Porto Editora já publicou oito dos seus romances e prepara-se, agora, para lançar um título de não ficção que serve, no fundo, de complemento fundamental a toda a obra ficcional da autora. O Diabo e a Gemada é também um documento de valor histórico, com um olhar atento sobre as pessoas, os sabores e os costumes.
Em 1943, Milão está sob as bombas dos Aliados, e nas proximidades da via Padova, uma criança extraordinariamente curiosa, inicia a sua aprendizagem de vida. Chama-se Sveva e tem 5 anos. É este o contexto de O Diabo e a Gemada, um relato autobiográfico em que a autora percorre os anos da Segunda Guerra Mundial, que se desenrolam entre a casa de família em Milão e uma quinta, nos arrozais de Trezzano sul Naviglio, na Lombardia. A comida é o fio condutor que atravessa os episódios deste relato, em que se entrelaçam memórias e emoções, sabores e receitas e cujos acontecimentos estão sempre ligados à elaboração de um prato ou a uma refeição partilhada.
Com uma descrição cuidada e rigorosa de pessoas, sabores e costumes, Sveva Casati Modignani devolve-nos um mundo, não tão longínquo, mas do qual estamos a perder a memória
Neste relato de 13 episódios, que percorrem os anos da Segunda Guerra Mundial, a comida é o fio condutor que entrelaça memórias e emoções com sabores e receitas.
Diabo e a Gemada, Sveva Casati, Porto Editora, com 168 páginas e à venda por 13,30 euros.
Texto de Sandra Dias