Novo livro de Irvin D. Yalom nas bancas pela Saída de Emergência

Ler é sempre um prazer. Às vezes gostamos mais de um livro do que o outro, preferimos um determinado autor ou género e outras vezes temos algumas surpresas agradáveis, como foi o caso, da primeira vez que tive contacto com Irvin D. Yalom.

Confesso que o nome não me dizia nada, não conhecia o autor e como não sou da área das ciências que estudam a mente também não conhecia o cientista, mas o título do livro chamou-me à atenção, Quando Nietzsche Chorou.

Estudei Nietzsche, como grande parte da minha geração a Filosofia, no 12º ano e, desde então fiquei “fã” do filósoso louco e incompreendido, por isso, resolvi comprar o livro e devo dizer que o li de uma lufada só.

De estilo cativante, vivo e muito realista, o autor prendeu-me, pelo ernredo (inventado por ele, mas que podia ter sido verdade), pelas suas teorias e pela maneira como narrava o encontro entre dois grandes pensadores da ciência e da cultura, Freud e Nietzsche, numa época de grandes mudanças.

O livro foi tão apreciado que foi best seller em 20 países, o que além de reconhecer o mérito de Irvin Yalom, o levava a um novo desafio. Surge então A Cura de Schopenhauer, mais um grande vulto da cultura e da filosofia, ele que inspirou Nietzsche.

Aqui, mais uma vez, o autor, tentou ir para além da lenda e descobrir o homem, voltou a focar a relação médico-paciente e as teorias da psicanálise no século XIX, criando mais um best seller.

Um êxito, que se espera que venha a repetir, com o seu último trabalho publicado entre nós, De Olhos Fixos no Sol,traduzido pela jornalista, escritora e ex-candidata a psicóloga, Isabel Stilwell,mais uma vez editado pela Saída de Emergência, a editora de Yalom em Portugal .

Este último livro é diferente dos anteriores, contado na primeira pessoa e baseado na experiência profissional do autor como terapeuta, aborda o medo face à morte, funcionando quase como um guia.

Nele, o autor partilha com o leitor, orientações, receios, sonhos e pesadelos de alguns dos seus pacientes, numa tentativa de ajudar a compreender e dar a conhecer um dos medos mais comuns nos seres humanos, o medo de morrer, pois como disse uma paciente de Yalom, “A Morte é tudo e não é nada.”

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