Os dois pavilhões expositivos do Museu da Cidade apresentam, em simultâneo, duas exposições de dois artistas de diferentes gerações.
No Pavilhão Preto, a exposição Sopros de Vida, de Gil Teixeira Lopes, é organizada pela Câmara Municipal de Lisboa em colaboração com as Juntas de Freguesia de Campo de Ourique e de Belém, e tem patente cerca de 40 obras, de entre telas de grandes dimensões e esculturas. Gil Teixeira Lopes notabilizou-se pelo seu trabalho não só na pintura mas também na gravura. Nascido em Mirandela em 1936, estudou na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde terminou os estudos na década de 70, e onde viria a lecionar anos mais tarde. Para além da sua atividade como professor catedrático na FBAUL, Gil Teixeira Lopes desenvolveu uma multifacetada e intensa atividade artística, tendo realizado inúmeras exposições em Portugal e no estrangeiro.
No Pavilhão Branco, a exposição de Pedro Saraiva, Gabinete>Linfa reveste-se de um propósito experimental, onde o autor construiu um “complexo dispositivo”, uma “espécie” de jogo estabelecido a partir de atribuições de uma falsária, dos seus diários, e de um conjunto de personagens por ela inventado, onde explora incessantemente múltiplas e diferentes linguagens que, no caso, deambulam por entre a essência pictórica, escultórica e também pelo desenho.
As exposições estão patentes até ao próximo dia 6 de abril, podendo ser visitadas de terça a domingo das 10h às 13h, e das 14h às 18h, encerrando aos feriados. A entrada é gratuita.
Texto de Susana Sena Lopes