NOS Alive – A Primeira Noite Com Muse a Lotar o Recinto

NOS Alive 2015

NOS Alive 2015

À 1h30 da manhã, o recinto do NOS Alive era um mar de gente. Os Muse fechavam um grande concerto com o tema “Knights of Cydonia”. Matthew Bellamy abandona o palco com a bandeira portuguesa enrolada ao corpo, perante um público rendido.

Lotação esgotada na abertura do NOS Alive 2015 com música e entretenimento a parecer agradar a todos. Não encontrámos espaços vazios, como se o público fosse passando por cada um dos palcos, para usufruir da diversidade disponível. Incrivel até a afluência constante ao Jardim Caixa, o Comedy Stage em que a música, quando entra, é para fazer rir.

MUSE

The Wombats abriram o palco principal e encontraram fãs à espera logo na primeira da fila. A banda indie pop britânica animou com os conhecidos “Your Body is a Weapen”, “Greek Tragedy” ou “Give Me a Try”. “A vossa noite começa aqui!” avisa o vocalista Matthew Murphy Enquanto isso, no palco Heineken surgem os surpreendentes Young Fathers, o trio oriundo de Edimburgo, de sonoridade africana, quase tribal.

A simplicidade de James Bay conquista logo à chegada. Uma carreira muito recente, mas uma voz e uma atitude a fazer com que seja muito mais do que um novo menino bonito. Os óculos de sol onde se escudou à entrada saem na segunda música e avança, olhos nos olhos, com “Craving”. “Let It Go” surge em tom de balada, a aumentar de ritmo em “Scars”, “Best Fake Smile” e “Get Out While You Can”. Verdadeiramente surpreendido com a receção calorosa nesta estreia em Portugal, James Bay promote regressar em breve, antes de se despedir com “Hold Back The River”.

This slideshow requires JavaScript.

Do Raw Coreto vem uma batida forte e a afluência é grande. DJ Zé Pedro, a guitarra dos Xutos & Pontapés é quem está à frente dos pratos a animar os festivaleiros com sucesso.

Ben Harper que regressou este ano com a sua banda de apoio The Innocent Criminals subiu ao placo NOS antes de o sol de por. Atuação bem calibrada, já com a experiência da passagem por muitos palcos, sem deslizes, mas também sem grande surpresa. Não precisam, a emoção em dose suficiente chega em momentos como “Steal My Kisses”, “Burn to Shine”, “Roses From My Friends” ou “Don’t Take That Attitude To Your Grave”.

Jessie Ware trocou as à voltas à organização, cancelando a presença por “motivos logísticos”, obrigando à substituição de última hora pelos portugueses Capitão Fausto. Alt-J são mais um regresso a este festival, depois de uma atuação inesquecível no palco Heineken em anterior edição. Se calhar o palco principal de um festival não será o espaço mais adequado para este quarteto indie, cuja sonoridade alternativa requer um ambiente mais fechado. Mas o público já lá está a marcar lugar para os senhores que se seguem.

A grande avalanche da noite são os Metronomy no palco Heineken. Principalmente depois do momento em que Ben Harper desligou o microfone e muitos procuram também aconchegar o estômago. A circulação no espaço é difícil, mas do palco vem uma força contagiante. Entraram no palco um a um, vestidos de forma semelhante, calças brancas e camisa azul, a mostrar a sua eletronica. A meio da atuação a tenda já rebenta pelas costuras e mesmo de fora continua-se a dançar ao som e ritmo que vem de lá. Joseph Mount passa do teclado à guitarra sem parar de agitar as massas. Seguem-se os Cavaliers of Fun, a tocar no horário mais ingrato da noite, com a maré a subir para o palco NOS.

“Psycho” é o arranque dos Muse, numa plateia à partida redida aos grandes êxitos da banda, mas sem quebrar nos temas do novo álbum Drones. Não sendo novidade a sua presença em Portugal, é sempre elevado o nível de adesão. São bons não só em disco como ao vivo, fazendo com que assisitir a mais um concerto de Muse nunca seja demais. “Supermassive Black Hole”, “The Handler”, “Dead Inside”, “Madness” a gerar a verdadeira loucura, “Supremacy” com Matthew Bellamy a sentar-se ao piano. A noite teve ainda bolas gigantes do ar a passar de mão em mão, fumo e confetis numa festa monumental. “Starlight”, “Mercy” e no encore “Uprising” antes de “Knights of Cydonia” deixaram o público saciado de bom rock.

This slideshow requires JavaScript.

No palco Heineken, os Django Django foram conquistando alguns dos que ameaçavam sair (a semana de trabalho ainda conta com mais um dia!), mas o mesmo apelo vem também do Clubbing com os X-Wife a mostrar que merecem melhor atenção.

A debandada geral faz-se com alguma dificuldade. Para escoar os 55 mil que encheram o recinto foi, desta vez, cortado parte do viaduto ao trânsito. Não se consegue sequer encontrar o fim da fila para os shuttles de ligação ao Centro Comercial Alegro e a fila para o táxi não é animadora. O que foi uma boa solução para deslocação em edições anteriores deixa de ser funcional em noite de casa cheia.

O Festival NOS Alive volta a abrir as portas do recinto hoje com Future Islands, James Blake, Sheppard, Mumford & Sons e The Prodigy no cartaz. Para hoje ainda há bilhetes à venda a 55 euros.

As datas para a edição de 2016 já estão marcadas. Alvaro Covões em conferência de imprensa ontem que o NOS Alive estará de volta em 2016, de 7 a 9 de julho. Os bilhetes já se encontram à venda no recinto.
Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Artigo anteriorKLM Assinala 75 Anos em Lisboa com Mural  
Próximo artigoIbis Celebra 40 Anos e Lança Guia de Portugal

Leave a Reply