José Pedro Gomes, Aldo Lima, Ana Brito e Cunha, Francisco Menezes (em estreia em teatro) e Joana Brandão fazem parte desta acalorada discussão que deveria ser apenas em simples jantar marroquino. Há cuscus acabados de fazer, mas também pretensiosas divagações sobre cultura e literatura, falafel e tagine entre revelações surpreendentes sobre afetos e muitos atropelos ao bom senso das relações familiares.
O que menos aqui importa é aqui o nome escolhido, a consistência da discussão, ou a importância dos argumentos. O que realmente se destaca nesta peça é a postura, o tom e a forma como cada ator desenvolve o seu personagem ao longo da história, levando-nos às lágrimas de tanto rir com os trejeitos, as cobardias e principalmente as certezas que todos têm sobre as vidas alheias. José Pedro Gomes destaca-se, de longe, das restantes representações e, mais uma vez, consegue por toda a plateia a rir com a simples repetição de um tique.
Reportagem de Tânia Fernandes, fotografias cedidas pela produção.