Nicolás Muller – Obras-Primas é a mostra que inaugura hoje no Centro Cultural de Cascais, dedicada à vida e obra do fotógrafo húngaro Nicolás Muller, e que vai ficar patente ao público até dia 17 de abril de 2016.
Depois de ter passado por Espanha e França, e no âmbito do centenário do nascimento do fotógrafo, a exposição Nicolás apresenta uma retrospectiva da vida e obra do artista, reflectindo cada uma das etapas da sua forçada viagem de fuga à ameaça nazista.
A mostra tem curadoria de Chema Conesa e inclui cerca de 70 fotografias a preto e branco, que fazem parte do espólio guardado pela filha de Nicolás, Ana Muller (hoje propriedade do Arquivo Regional da Comunidade de Madrid), aqui apresentadas cronologicamente, de 1935 e 1981.
Fotografias dos camponeses na Hungria e a sua situação de pobreza, fotografias tiradas enquanto fugia dos Nazis, da zona ribeirinha do Porto, de Tânger, reportagens, livros e retratos realizados em Espanha, são algumas das imagens que o visitante pode conhecer e admirar.
Nicolás Muller nasceu em Orosháza, na Hungria, em 1913, no seio de uma família judia, viveu em França, Portugal – onde permaneceu apenas uns meses e foi detido pela polícia política do regime de Salazar, depois conseguiu fugir para Tânger – onde permaneceu oito anos e acabou os seus dias em Espanha, no ano 2000. Colaborou com a Paris Match, France Magazine, Regards, ABC, Informaciones, Semana, Mundo e África e Fotos.
A exposição, apresentada pela Fundação D. Luís I, integra a programação da MOSTRA ESPANHA 2015 e pode ser vista de terça feira a domingo, das 10h00 às 18h00, no Centro Cultural de Cascais, até dia 17 de Abril de 2016.
Os bilhetes podem ser adquiridos no local e custam 3 euros para o público em geral, 1,50 euros para residentes e são gratuitos para maiores de 66 anos.
Texto de Elsa Furtado
