O Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, apresenta a partir de 30 de novembro a exposição José de Almada Negreiros: Desenho em Movimento.
A mostra tem curadoria de Mariana Pinto dos Santos e reúne 90 trabalhos que dão conta da importância da linguagem cinematográfica na obra plástica desta figura ímpar do modernismo português, algumas delas que integraram a exposição realizada este ano na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, mas também trabalhos inéditos descobertos já depois do encerramento da exposição.
Em algumas das obras expostas é possível observar o diálogo entre diversas tipos de arte, como por exemplo a “conjugação entre cinema e desenho surge em obras como a lanterna mágica La Tragedia de Doña Ajada (1929) e no filme desenhado O Naufrágio da Ínsua (1934), trabalhos especificamente concebidos para apresentações públicas em écran de cinema, real ou imaginado, e que estão incluídos nesta mostra. A hibridez entre desenho e cinema está expressa também em alguns dos seus textos literários, poéticos e ensaísticos, onde se notam intersecções plásticas e cinematográficas”, explicam os responsáveis da exposição.
Almada Negreiros foi um artista plástico nacional que viveu entre 1893 e 1970, deixou uma vasta obra de pintura, desenho, teatro, dança, romance, contos, conferências, ensaios, livros manuscritos ilustrados, poesia, narrativa gráfica, pintura mural e artes gráficas realizadas ao longo de mais de 50 anos.
A mostra ficará patente ao público no Museu Soares dos Reis, no Porto, até 18 de março de 2018, e pode ser vista de terça a domingo, das 10h00 às 18h00. Os bilhetes de visita ao museu custam 5 euros e estão à venda no local.