O Museu do Oriente, em Lisboa, tem patente ao público a mostra Das Terras do Preste João, sobre as relíquias do Imperador da Etiópia, comissariada por Isabel Boavida.
A história de Preste João, rei cristão do Oriente, cuja generosidade ultrapassou fronteiras e cujos relatos apaixonam ainda hoje curiosos e historiados, é aqui contada através de uma seleção de artefactos de quatro colecionadores privados e obras da Biblioteca Nacional.
A exposição reúne peças de ourivesaria tradicional, esculturas, pinturas e obras bibliográficas, que datam entre o século XV e XXI, e que tentam ligar a História Atual com o Passado.
No primeiro núcleo descobre-se a visão europeia sobre a Etiópia centrada na figura cristomimética do Preste João e as histórias que se desenvolveram a partir da lenda fundadora, centrada na relação exogâmica entre a Rainha do Sabá e o Rei Salomão.
A demanda do reino abissínio e as relações que firmaram uma história partilhada dão passagem para o segundo núcleo, em que se foca o elemento religioso da vida do povo etíope através das artes do fogo, da gravura, da pintura, da caligrafia e iluminura.
Já o terceiro núcleo abre uma janela sobre os modos de vida e a cultura material, com peças de uso quotidiano e fotografias que dão conta de usos e costumes dos povos das terras altas da Etiópia.
A exposição está inserida nas celebrações dos 500 anos de relações diplomáticas e cooperação entre a Etiópia e Portugal, e pode ser visitada até 16 de setembro, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00, e sexta-feira até às 22h00, com entrada gratuita a partir das 18h00. O bilhete pode ser adquirido no local e custa 6 euros para visitar o museu todo.