MUDE abriu ao público na Baixa de Lisboa

De aspecto inacabado e até um pouco desolador, mas recheado de algumas das mais importantes obras de Design e Moda existentes em Portugal e até no mundo, o MUDE (Museu do Design e da Moda) abriu hoje (dia 22 de Maio) as portas ao público, no nº 24 da Rua Augusta (próximo do Arco), num antigo edifício de uma instituição bancária (a sede do BNU), com a exposição “Ante-estreia, Flashes do MUDE”.

Diferente de qualquer outro museu ou espaço museológico existente em Portugal, o MUDE destaca-se pela originalidade, aspecto de edifício em fase de acabamentos, mas acima de tudo pela beleza, raridade e importância das peças expostas, quer nas suas áreas, quer na história de Arte Contemporânea, que engloba  a Moda e o Design.

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O MUDE foi constituído com base na colecção de Francisco Capelo, adquirida pela Câmara Municipal de Lisboa e composta por 2500 peças, que vão ficar expostas ao público algumas em regime rotativo, outras em permanência, “pois são precisos elementos de referência”, conforme explicou o coleccionador, durante a apresentação aos jornalistas, na passada terça-feira, de manhã.

Nesta colecção, que inaugura o espaço vão estar cerca de 170 peças, de Design, Moda e Mobiliário, expostas sobre despidos estrados brancos, num esquema de luzes que privilegia o indirecto (especialmente sobre os vestidos) e num percurso expositivo cronológico, mas que permite deambulações pelos 15 núcleos existentes.

Entre as várias peças expostas destacam-se um quarto da autoria de Le Courbusier; uma estante de Charlotte Pérriand; um vestido da autoria de Hubert Givenchy, de 1927, um vestido de baile Dior, de 1954, um original bar, sófas e cadeiras, a posters e filmes, alguns deles pela primeira vez em exibição pública, como é o caso das peças de Moda.

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A exposição inaugural vai ficar patente ao público até 11 de Outubro, no piso térreo do edifício, onde vão também ficar instaladas a livraria temática, da responsabilidade da livraria A+A e uma cafetaria.

O primeiro piso está previsto abrir a 4 de Junho, com a exposição de cartazes políticos “Ombro a Ombro”, do Museu do Design de Zurique, onde além de cartazes vão também ser projectados filmes. Neste piso vai também ficar instalado o auditório do museu, onde vão decorrer palestras, conferências, debates, apresentações, entre outras iniciativas.

Futuramente está previsto o alargamento do museu aos pisos de cima, inclusive o terraço, de onde se pode desfrutar uma vista magnífica sobre a Baixa Pombalina e sobre o rio. Um projecto de adaptação a museu da autoria dos arquitectos Ricardo Carvalho e Joana Vilhena.

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Para o futuro, a directora do Museu Bárbara Coutinho espera também vir a ter mais peças, no acervo do museu, vindas de outras colecções e não só, através de doações, depósitos ou aquisições.

O museu vai funcionar de terça a quinta-feira e domingo, das 10h00 às 20h00 e às sextas e sábados das 10h00 às 22h00. A entrada neste primeiro mês vai ser gratuita, e depois os bilhetes deverão passar a ter um custo de três euros (preço ainda por definir).

De estilo inovador é também o catálogo do museu, em forma de revista, com preço de capa de 5 euros, e que também vai ser distribuido nas bancas de jornais a nível nacional.

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