O evento, que se foca no cinema de animação que é produzido em todo o mundo, celebra a transversalidade artística e pretende transmitir novos olhares. Pela primeira vez, o festival vai decorrer simultaneamente em Lisboa e em Almada. Em datas posteriores, a MONSTRA prossegue para as cidades de Coimbra, Gouveia, Ponta Delgada, Portalegre, Porto e Santarém. Ao todo o festival vai exibir 470 filmes em 18 espaços diferentes, com destaque para o Cinema São Jorge, Cinema City Alvalade e Cinema Ideal no Bairro Alto.
Para além da predominância na programação de filmes originais da América Latina, a Monstra vai contar com outros programas especiais. Como noutros anos, o festival vai dedicar uma secção ao cinema de animação japonês. O realizador Isao Takahata, um dos criadores dos estúdios Ghibli, vai ser homenageado ao passo que o seu mais recente filme, The Tales of the Princess Kaguya, surge em estreia absoluta em Portugal. Na secção históricos, serão exibidos clássicos como Le Roi et L’Oiseau, de Paul Grimault, ou Krysar o Flautista de Hamelin, do checo Jiri Barta. Destaque também para o novo segmento do festival chamado O Cinema Mais Pequeno do Mundo. Uma sala com nove espetadores a cada meia hora, que vão ver e votar para o melhor filme mais curto do festival.
A MONSTRA vai também projetar filmes ao ar livre, nomeadamente no Jardim da Estrela, no Largo do Intendente e ainda um drive-in no Parque Mayer.
Na formação, destaque para a masterclass de Marc Bertrand, sobre cinema estereoscópico, e para o workshop de Markus Dorninger, dedicado a uma ferramenta desenvolvida para tablets chamada TagTool que permite criar animação em tempo real e em interacção com música ou som. Dedicadas ao Monstra irão decorrer também várias exposições em espaços como a Casa da América Latina, a Fábrica do Braço de Prata, a Galeria da Sociedade Portuguesa de Autores ou o Museu da Marioneta.
Por Pedro Nascimento