Mesas Bohemias Promovem Experiências Gastronómicas E Cervejeiras

Reportagem de Tânia Fernandes

Mesas Bohemias

Provar os Filetes de Polvo ou as Tripas à Moda do Porto do restaurante Casa Inês, na Baixa de Lisboa? E acompanhar estes icónicos pratos de cervejas adequadas? O desafio encontra-se disponível ainda hoje no restaurante D. Afonso O Gordo, em Lisboa. Por 30 euros por pessoa, as Mesas Bohemias, promovem uma experiência gastronómica e cervejeira, que junta pessoas à mesa, a conviver.

Broa de Avintes, a genuína e caseira, Bolinhas de Alheira com Agridoce de Abóbora, Sardinhas de Escabeche e Bacalhau à Gomes de Sá fazem parte do leque de entradas. Com elas é servida a Bohemia Puro Marte, uma cerveja mais amarga, ideal para neutralizar a gordura que alguns dos pratos. Muito aromática e servida bem fresca, faz uma excelente combinação.

Mesas Bohemias

Os convidados destas Mesas Bohemias trazem não só a sua forma de cozinhar como também os ingredientes, que promovem tão satisfatórios resultados. E pormenores como a água onde são demolhados e cozinhados alguns ingredientes fazem parte dessa lista. Tenta-se também promover um ambiente, no restaurante que aloja, semelhante ao espaço convidado. A ideia é proporcionar a experiência, mais idêntica possível, à que teriam numa refeição no local.

São famosas as filas na Casa Inês para degustar os Filetes de Polvo. A textura, o sabor e a qualidade do prato é de facto irrepreensível. Para esta ementa, a Chefe Inês preparou Filetes de Polvo com Arroz do Mesmo. Do mesmo? Sim. É que Inês não desperdiça nada e do polvo que usa para fazer os filetes, recolhe as extremidades para fazer o arroz. Seco e solto, pouco habitual, mas muito saboroso. Acompanha a Bohemia de Trigo. Uma cerveja com base de maltes de trigo e cevada, mais leve e refrescante. Não se queixe de que a cerveja se encontra turva, pois é mesmo assim. A cerveja não é filtrada e por isso vai acumular sedimentos no copo.

Mesas Bohemias

Tripas à Moda do Porto, um prato português cuja origem remonta a 1415, é servido de seguida. Simbolismo de fartura, “no Porto comem-se, no mínimo, 2 pratinhos cheios”. Dos tempos do Infante D.Henrique, o prato evoluiu e em vez de acompanhar com uma espécie de migas, é servido atualmente com feijão. Há quem também não dispense o arroz. Inês conta-nos que a preferência dos clientes é para as Tripas “do dia anterior”. O que requer grande antecedência na preparação do prato. É que depois de cozinhados, os ingredientes ficam mais três horas ao lume, para apurar. E as tripas que vamos comer, foram feitas hoje? “Não! Eu não venho aqui enganar ninguém!” responde prontamente Inês.

Para cada prato, uma cerveja diferente, é a ideia desta refeição. As Tripas acompanham com Bohemia Original, uma proposta com um corpo denso, a suportar a complexidade do prato.

Para rematar não um mas dois doces. Uma espécie de Natal caído dos céus: Rabanadas e Aletria.

As Mesas Bohemias seguem depois para o Porto, e de 6 a 9 de Abril, o BH Foz acolhe o Restaurante Noélia, de Cabanas de Tavira. Da ementa vai fazer parte o Polvo Trapalhão com Batata Doce.

A refeição tem um custo de 30 euros e inclui as cervejas. Também incluído no menu encontra-se a água do Luso e café. No decorrer deste evento, não são comercializadas qualquer outro tipo de bebidas além das indicadas.

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