Meo Marés Vivas: Teremos Sempre O Amor Dos Kodaline E A Eletrónica De David Guetta

Reportagem de César Castro (Texto) e Rodrigo Salazar Oliveira (Fotografias)

Carolina Deslandes foi a primeira a estrear o palco principal no segundo dia do Marés Vivas. A jovem cantora e autora fez questão de trazer as já habituais canções que se tornaram na banda sonora da vida de muitos portugueses, mas também surpreendeu ao trazer melodias que cruzam gerações, desde Xutos e Pontapés a Britney Spears.

Carolina não tem medo de errar tal como tem o dom de fazer acontecer naturalmente. E chegou mesmo a comover-se depois de interpretar “Heaven”. E quando, durante o espetáculo, prometeu trazer um convidado para cantar dois temas, fez questão de ressalvar logo que não seria Rui Veloso. Confirmar-se-ia, mais tarde, que se tratava, sim, de Diogo Clemente, guitarrista e namorado da própria. Ora, foi bonito de se ver o público entoar “A Vida Toda”, “Avião de Papel”, entre outras, num Marés já esgotado, segundo a organização.

Pouco depois, foi a vez dos The Black Mamba subir ao palco. Com o seu habitual chapéu, Pedro Tatanka, vocalista da banda, fez-se acompanhar por mais de meia dúzia de músicos, entre coros, percussão e sopro. E se Carolina Deslandes recorreu, algures, aos medlleys, também a banda portuguesa o fez com a viagem que fizeram, por exemplo, no repertório de Marvin Gaye. Se o inglês está sempre presente nas palavras de Tatanka, também o último concerto dado na edição de 2015 do festival parece ter ficado para sempre na sua memória, uma vez que fez questão de recordá-lo.

Mas foi para Kodaline que uma parte do público esperou. Os irlandeses já não são, de todo, desconhecidos, muito menos para aqueles que cumprem a tradição de ir ao festival, já que este foi um regresso da banda ao Marés. Recebidos com uma receção calorosa, talvez tenha sido quando o vocalista Steve Garrigan pegou na bandeira portuguesa que a atuação se tornou mais íntima.

Para fechar o palco principal, o Marés recebeu David Guetta, ainda hoje considerado um dos maiores djs do mundo. Guetta soube como “apoderar-se” de refrões mundiais para tornar o Marés numa grande discoteca a céu aberto. E, à sua boa maneira, reacender e estimular o público com o (anti)clímax dos temas, tendo sido no cimo de uma estrutura com vários metros que levou o público à loucura total.

Nos palcos secundários, destaque para Tiago Nacarato, ex-concorrente do programa The Voice Portugal, que teve a sua performance bastante elogiada (e que já antes tinha subido a palco com a Via) e para a atuação vibrante, a partir das três da manhã, dos Wet Bed Gang.

O Meo Marés Vivas termina este domingo.

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