Meo Marés Vivas: Dia 3 – A Noite de Joss Stone

Reportagem de Sandra Mesquita e Catarina Costa (fotos)

mares_vivas_dia3-070Apesar da constante ameaça de chuva, no último dia do Meo Marés Vivas, todos os caminhos deram à Praia do Cabedelo onde Joss Stone, Portishead e os portugueses The Gift e We Trust partilharam o palco encerrando a 12ª edição do Festival de Vila Nova de Gaia, que recebeu cerca de 25 000 festivaleiros (segundo dados da organização).

Os espetáculos no palco principal arrancaram com We Trust. André Tentugal tocou ao pôr-do-sol perante uma pequena multidão enquanto o recinto ainda estava a meio gás. Acompanhado da sua banda e de um quarteto de cordas, o músico não desiludiu trazendo no repertório temas retirados do álbum de estreia “These New Countries”, entre eles o viral “Time (Better Not Stop)”, o novo single “We are the ones”, entoado pelo público, e ainda um cover do clássico “Dreams” dos Fleetwood Mac. Tentugal é realizador e isso está evidente na sua música: os temas, emanados de otimismo, transportam-nos para a cena de um filme. We Trust foram, assim, a banda sonora perfeita para um final de tarde que teve o Douro como pano de fundo.

 

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Pouco depois, de coroa na cabeça, Sónia Tavares foi a rainha do palco principal. Os portugueses The Gift atuaram pela primeira vez no Marés Vivas revisitando alguns clássicos da banda, que conta já com duas décadas de história, entre eles “Driving You Slow” e “Music”. Os temas cantados em português, “Primavera” e “Fácil de entender”, bem conhecidos do público, foram entoados em uníssono num dos poucos concertos de todo o Festival onde existiu uma ligação forte entre a banda e a plateia.

O relógio marcava as 23h00 quando, com a chuva, chegaram os Portishead. Os menos fãs acabaram por desistir e abandonar as primeiras filas durante os primeiros temas. Os que ficaram não se arrependeram. Apesar de não ter dirigido uma única palavra ao público, a misteriosa Beth Gibbons disse muito através dos míticos temas de “Dummy”, “Portishead” e “Third”. O momento alto da noite chegou com “Glory Box”, sussurrado por Gibbons na escuridão da noite da praia de Gaia. O concerto terminou com “We Carry On” e um grande abraço da vocalista à fila da frente.

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A encerrar três dias de concertos, a “princesa da Soul” subiu ao palco de pés descalços, trazendo com ela a atitude e sensualidade que a caracterizam. Joss Stone era esperada por muitos fãs de todas as idades, desde adolescentes com cartazes, a famílias completas. Durante a atuação não faltaram “Super Duper Love” ou “Fell In Love With A Girl”, o cover dos The White Stripes, que levaram o público a dançar e cantar com a cantora. No final “Right To Be Wrong” levou muitos a casa de sorriso estampado no rosto.

Em 2015, o Festival Meo Marés Vivas regressa  a 16, 17 e 18 de julho, anunciou a organização, que revelou ainda terem passado pelo recinto do festival entre 70 a 75 mil pessoas, durante os três dias.

 

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