Lembra-se Do Restaurante XL? Venha Conhecer A Experiência XXL By Olivier

Reportagem de Tânia Fernandes (Texto e Fotos)

XXL by Olivier

O nº 57 da Calçada da Estrela voltou a abrir portas. Mudou o mordomo, mas na sucessão do negócio ficou a promessa de dar continuidade à tradição. Um dos míticos restaurantes de Lisboa, encerrado pelas contingências da pandemia, foi totalmente renovado e abriu portas a semana passada, pela mão de Olivier da Costa.

Na carta vai encontrar os clássicos Soufflés (peixe e camarão ou a opção vegetariana de queijo e espinafres) ou as Gambas Despenteadas, mas também sugestões irresistíveis como o Bitoque de Lagosta ou a Picanha de Tamboril. “Para mim, este é aquele restaurante para os amantes de comida. Para pessoas que querem comer e bem. Não querem aqui estar a comer um pratinho ou virem para ver e ser vistos” explica-nos Olivier, durante a apresentação à imprensa.

XXL by Olivier

Partilha também a forma como se deu esta passagem de negócio “Sonhei que tinha ficado com este restaurante ao Vasco (Gallego). Liguei-lhe as 7 e 44 da manhã, em pleno confinamento, e disse-lhe assim: sonhei que tinha ficado com o teu restaurante”. Da vontade de um se dedicar a outras iniciativas e do interesse do outro em torna-se vizinho da Assembleia da República, nasceu este projeto. Pela primeira vez, o chefe Olivier pega num conceito que já existe, para o desenvolver. E como que assume uma conquista admite “se calhar este foi um dos restaurantes mais emblemáticos da minha infância”.

Um dos pontos do acordo foi manter muito do que era o XL. Com um twist do Olivier, mas sem desvirtuar. “Este é o restaurante em que as pessoas sabem que vão comer bem, o produto é de excelência, há uma enorme qualidade e amor pelo que estamos a fazer” refere Olivier.

Iniciámos a refeição com uns Saucisson franceses “que me faz lembrar a minha infância. Era uma coisa que nunca faltava na mesa do meu avô. Um de avelã, um com trufa, outro com pimenta” vinham com cebola confitada, cornichons e paté.

Depois, há uma grande variedade de saladas à disposição: Ratatouille (pimentos, beringela, courgette) com queijo feta; salada de beterraba (com nozes caramelizadas); salada de grão (com vinagrete de mel e cominhos), baba ganoush (beringela assada, thaine e romã).

Dos fritos, o croquete de rabo de boi com foi gras é perfeito no sabor.

Para aconchegar, o pão quente, francês (da Eric Kayser). “Sou cem por cento português mas tenho cultura gastronómica francesa dentro de mim. Isto não é de todo um restaurante francês, mas fui buscar estas coisinhas porque é o que eu gosto de comer”.

E por falar em gostar, anuncia que logo desde a semana de abertura vão ter pratos fora da carta. “Não é o prato do dia ou o prato do chefe, é o que o Olivier vai comer”. E será sempre algo inédito a ter em conta!

Os pratos são generosos, portanto é perfeitamente plausível pedir um para partilhar. Tivemos a oportunidade de provar três dos mais especiais da carta.

Vêm servidos em loiça simples, muita adquirida em antiquários. Olivier dispensa empratamentos muito elaborados e ao chegar o Bitoque de Lavagante à mesa, explica-nos como devemos fazer. Pega nos talheres e diz, “é para misturar o lavagante com o ovo, o molho e o arroz e fazer uma papinha”. É seguir as indicações do chefe, que ele sabe!
Recomendamos especialmente a Picanha de Tamboril, pela sua originalidade. A textura do peixe com o molho e o magnífico arroz árabe, merecem acompanhar assuntos de Estado.
O Bife Café Paris é um bife do lombo de 250 grs, com manteiga café paris, que praticamente dispensa faca.

O XXL abre apenas para jantares, mas assume um horário tardio, com a cozinha a fechar à uma da manhã.

“Na minha mesa não há pobreza” repete o chefe, ao longo da apresentação “na minha mesa há diversão, amor, carinho e sorrisos”, o espirito que Olivier quer trazer para as mesas do XXL.

Artigo anteriorOs Peixes Que Fugiram Da História Foi Apresentado No Aquário Vasco Da Gama
Próximo artigoHá Algo De Mágico No Natal Na Serra

Leave a Reply