Lavradores de Feitoria e Museu do Côa lançam novo vinho

A Lavradores de Feitoria – projecto único no Douro que reúne 15 produtores, proprietários de 18 quintas distribuídas pelos melhores terroirs do Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior –associou-se ao Museu do Côa para, em parceria, lançarem uma nova marca de vinho – o Museu do Coa by Lavradores de Feitoria, um vinho tinto de 2009.

Quem adquirir uma garrafa de Museu Coa by Lavradores de Feitoria estará a alimentar o corpo e o espírito, isto porque cada garrafa tem um voucher que vale uma entrada gratuita no Museu do Côa. Esta componente inovadora – e única em Portugal – junta-se ao facto de ser o primeiro museu português com uma marca de vinho própria.

Para Olga Martins, CEO da Lavradores de Feitoria, “este é mais um passo para promovermos o Douro no seu todo e em parceria, algo que faz parte da cultura da nossa empresa. Com esta iniciativa estamos a aliar gastronomia com cultura, património e paisagem. Com o património vamos promover o nosso vinho e com o vinho vamos trazer pessoas a conhecerem o Museu do Côa e o Douro”.

O Museu do Coa by Lavradores de Feitoria tinto 2009 é um vinho com características e perfil do Douro Superior: bastante frutado, com taninos suaves e uma boa estrutura, o que lhe confere longevidade. É feito com uvas das quintas que a Lavradores de Feitoria possui na sub-região do Douro Superior (onde fica localizado o Museu do Côa), juntando Touriga Nacional(70%), Tinta Roriz (20%) e 10% de uma mistura de castas de uma parcela de Vinhas Velhas.

É um tinto com uma cor intensa e profunda a vermelho vivo. O aroma é intenso, exuberante e muito floral, apresentando notas de esteva rodeada de frutos silvestres como cássis e menta, e algumas notas de madeira muito bem integradas, finas e elegantes. No paladar, a entrada é fresca e frutada; destaca-se a cereja, bem madura, e amora silvestre, muito elegante. Macio e aveludado, apresenta taninos suaves, muito bem equilibrados com a acidez, proporcionando-lhe complexidade e longevidade. O final de boca é longo e muito saboroso.

O preço de venda recomendado é de 15 euros e pode ser adquirido no Museu do Côa desde dia 19 de Outubro, data em que teve início o 1.º Festival do Vinho do Douro Superior, mas também em garrafeiras e lojas seleccionadas em todo o país.

A concepção gráfica do rótulo do Museu Coa by Lavradores de Feitoria foi inspirada numa das cabras materializada na rocha 6 da Penascosa, sendo a cabra um dos quatro temas zoomórficos fundamentais mais figurados na arte paleolítica do Côa – juntamente com o cavalo, o auroque e os cervídeos. A rocha 6 da Penascosa é um painel vertical xisto-gauváquico, com uma superfície relativamente lisa, que guarda algumas gravuras da época Gravettense (+/-25.000 – +/-18.000 anos antes do presente), o mais antigo período da arte paleolítica do Côa. Dois cavalos e duas cabras surgem aqui associados, gravados por picotagem profunda e sobrepostos entre si. Há ainda um terceiro cavalo figurado mais à esquerda do painel. Todas estas figuras estão representadas em perfil absoluto, como que vogando num espaço etéreo, sem representação de solo. Embora ao ar livre, a profundidade dos traços originais destas gravuras ainda hoje permite a sua boa visualização.

Texto de Clara Inácio
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