Richie Campbell, Agir, Tatanka (o guitarrista dos Black Mamba) e Plutónio juntaram-se ontem, a Dengaz e à sua Ahya Band para celebrar o álbum Para Sempre. Uma noite carregada de emoção que se festejou em ambiente familiar.
Às 21h00 a fila para a entrada do Coliseu dos Recreios estendia-se à rua. Muitas crianças, algumas com cartazes, acompanhadas de adultos, compareciam à chamada do ídolo. Depois da edição dos discos Para Sempre (original) e Para Sempre (acústico) chegou a vez de ver ao vivo ouvir ao vivo os conhecidos temas do artista.
“Donde Eu Vim” foi a entrada e, logo a seguir, “Tamojuntos” pôs o Coliseu a saltar (para não mais parar). Este é um dos lemas do artista e um dos códigos mais utilizados pelos seus fãs. Depois de “Musica com Alma”, Matay “descola-se” da Ayha Band e partilha o microfone com Dengaz em “Tudo Muda”. A temperatura sobe e já sem blusão Degaz revela o seu gosto musical. A T-shirt que veste é dos Guns’n’Roses e da digressão de “Use Your Illusion II”.
“Rainha” é a música dedicada a todas as mulheres e quem as trata bem. O barulho entre temas é ensurdecedor, Dengaz vai agradecendo a atenção de que é alvo e chama de seguida ao palco Plutónio, o artista que assegurou a primeira parte da noite, com o desejo de que ele, um dia, esteja ali no Coliseu, com um concerto em nome próprio. Interpretam “O que é que tem?”.
Outro amigo a subir ao palco, e a não deixar ninguém indiferente. Agir, que celebra nesse dia o seu aniversário, marcou presença, com todo o empenho nesta festa com “Eu Consigo” e “Encontrei”. “Homem Sem Alma” foi o tema que fechou esta primeira parte. “Uma música que foi difícil de escrever”, explicou Dengaz ”fala de depressão”.
Uma rápida movimentação em palco coloca dois sofás no início do palco. Cria-se um ambiente intimista e tem lugar um dos momentos mais emocionantes da noite. “Para Sempre” foi a música que Dengaz escreveu para a sua primeira filha e é com ela ao colo, em palco, que a interpreta.
Pedro Tatanka, a voz e guitarra dos Black Mamba, é o ocupante seguinte do sofá. Fazem de “Super Homem”, um momento cheio de força. A emoção intensifica-se e chega à beira das lágrimas com “Encontrei”, que Dengaz partilha com Di Noise, outro dos membros da Ahya Family. Sem Zambujo, que se encontrava na mesma noite a dar um concerto em França, mas com toda a comoção, “Nada Errado” veio com dedicatória para a sua mulher, mas também para a família que sempre o tem apoiado na sua carreira.
A despedida, já em encore e com explosões de confetis coloridos fez-se com o grande hino “Dizer que Não”. Quase duas horas de concerto que o público não se cansou de agradecer, no final.