José Cid – Um Sénior Prodígio no Campo Pequeno

jose_cid_01Reportagem de Ana Filipa Correia (fotografias) e Madalena Travisco (texto)

José Cid voltou a apresentar-se no emblemático Campo Pequeno pela enésima vez e replicou o sucesso de sempre. José Cid, vocalista da Big Band. José Cid, vocalista do Quarteto 1111.

Entrou e saiu, entre palmas calorosas, com promessa cumprida: Deu o seu melhor como se o mundo acabasse amanhã. “Um abraço muito forte/ um abraço muito apertado/estou contente de vos ter sempre de volta/ Esta ponte que há em nós/ Faz-nos sentir menos sós/ a cantar, a nossa alma fica à solta(…)”

Em quase três horas de concerto, houve sempre braços no ar, mãos a bater palmas, vozes entoando refrões e/ou corpos a querer dançar os temas de sempre. “Cai neve em Nova Iorque”, “Vinte anos”, “Menino prodígio”, “Um grande, grande amor”, “Cabana”, “Mais um dia”, “O dia em que o rei fez anos”, “Anita não é bonita”, “Fado da Nossa Senhora”,“Canta-me um blues”, “Coração de papelão”, “O rock dos bons velhos tempos”, “Ontem, hoje e amanhã”, “Favas com chouriço”, “Nasci prá música” ou “Como o macaco gosta de banana”. 

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Com Tozé Brito, Mike Sergeant e Michel Silveira, Cid recriou o Quarteto 1111 em “El rei D. Sebastião” e “Doce fácil reino do blá blá blá”, apelando, neste último, à ideia de tornar o voto obrigatório em Portugal. Com Tozé Brito teria um dos momentos mais emotivos da noite: “Tudo o que sei, devo-te a ti” – disse invocando os momentos em que compunham juntos e imaginando-os uma dupla João Gilberto e Astor Piazzolla. “Tu subias a encosta da colina/Com um sorriso sempre no olhar/eu tinha junto a mim a concertina/tu trazias a viola para tocar/Juntávamos ali os nossos sonhos/a música foi sempre a nossa escola/uma lição de vida, a nossa escola (…)”.

 A Big Band formada por Francisco Martins na guitarra, Ricardo, Tó Zé e Manuel Marques nos metais, Samuel na bateria, Pepe no baixo, João Paulo Pereira nas teclas e Amadeu Magalhães na flauta, gaita de foles e cavaquinho, foi o garante de que todo o som do palco é verdadeiro. “Nós gostamos de música pela música. A música tem que ser tocada e participada” . No back vocals esteve o sobrinho, Gonçalo Tavares, que também interpretou dois temas a solo.

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