O concerto iniciou com um entrada pelo público de Tim com o seu ar descontraído, apaixonado e alegre que o caracteriza. O tão aguardado concerto pelos fãs em Portugal rompeu com “Lose Control. Já no palco apoiado por Saul Davis (e o seu apaixonante violino); Larry Gott e o seu estilo inconfundível, seguiram-se “On My Heart”, “Walk like you” e “Frozen Britain”.
Desta forma e fiéis à sua alegria pop contagiante deixaram os mais céticos vidrados no seu novo álbum. Apesar de composto em torno de momentos difíceis, como a morte do seu amigo Gabriel, Tim consegue transmitir serenidade, paz e harmonia com a vida nas suas músicas e na forma como as transmite. “Laid” pôs um pavilhão inteiro a cantar, numa leveza e liberdade que caraterizam a sonoridade desta banda.
O palco tornou-se pequeno para tanta energia; Tim serpenteia todo o seu corpo numa energia viciante, e nem as dores nas costas o travou de “surfar” pelo público ao som de “Getting Away With It”. Por duas vezes, cantou fora do palco e aproximou-se do público. Tim alimenta-se do público para compor a sua arte e é prova a necessidade de “descer” do palco, como afirmou, pedindo que afastassem câmaras e telemóveis, pois ofuscavam o seu verdadeiro intuito de descer ao público – “I want to see your eyes not your câmeras or phones”.
Apesar da sobriedade de todos os elementos da banda e singularidade nos seus papéis, quando cantam as 5 vozes fundem-se numa só, mostrando a unicidade de um grupo com mais de 20 anos e que são a “banda sonora” de momentos felizes de muitos dos seus fãs.
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Apesar das oito músicas do novo álbum, não deixaram de percorrer Laid, Seven, Hey Ma. Alguns problemas de som também estiveram presentes, mas Tim resolveu com o seu ar espontâneo e franco adotando o seu já “companheiro” megafone.
Um dos pontos altos do concerto foi o habitual pedido de “dançarinos” do público para pular e libertar ao som de “Gone Baby Gone”. Com a multidão ao rubro após quase duas horas de concerto terminaram com “Sound”. Mas para os que já estavam cheios de música no corpo e alma eis que Tim e Andy surgem, no meio do público, nos balcões, em sereno desafio, cantando entre os fãs “Born of Frustration”. “Interrogation” e “Sometimes” fecham uma noite em grande em que os fãs, ainda que a gritarem por mais um ou dois êxitos não tocados, saíram convictos de continuarão a seguir James e elegerem esta como uma das maiores bandas de sucesso em Portugal.
A primeira que vez que vi James foi há muitos anos, nos idos 90.
Nessa altura foi muito bom.
No passado sábado, uma surpresa expectável. Foi muito muito bom.
Levei a minha mulher e filha de 8 anos e, também elas adoraram.
A Elsa também foi?