Já abriu a Casa da Severa na Mouraria

casa_severa015Foi inaugurada no passado dia 23 de julho a Casa da Severa. Na esquina onde a Rua do Capelão encontra o Largo que recebeu o nome da fadista, esta extensão do Museu do Fado servirá de espaço de interpretação do género musical lisboeta, acolherá visitas temáticas e funcionará como ponto de encontro para os adeptos das tertúlias e contará ainda com um espaço de restauração e fado ao vivo.

Aquela que é considerada a fundadora do cantar melancólico acompanhado à guitarra terá tido a sua residência nesta, casa em plena Mouraria, depois de ter passado pela Madragoa – bairro onde nasceu em 1820 – pelo Campo Grande e pelo Bairro Alto.

Durante a sua curta vida de apenas 26 anos, Maria Severa Onofriana privou com intelectuais como Luís Palmeirim e Bulhão Pato e, para além de cantar acompanhada à guitarra, ainda escreveu versos. Tida como a mãe deste género melancólico típico de Lisboa, a fadista tornou-se ainda mais célebre com a estreia de uma peça de Júlio Dantas onde é contada a sua vida. Palmira Bastos, Estela Alves ou Amália Rodrigues foram alguns grandes nomes que encarnaram Severa no espetáculo que passou pelos teatros até meados do séc. XX.

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Foi também esta peça que deu origem a A Severa, o primeiro filme sonoro português. Realizada por Leitão de Barros, a película estreou em 1931, na capital, sendo protagonizado por Dina Tereza.

O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 16h00 às 20h00 e a programação, que inclui tertúlias, fado ao vivo e exibição de filmes está a cargo do fadista Hélder Moutinho

A recuperação da Casa da Severa é parte integrante do programa que está a ser levado pela Câmara Municipal de Lisboa no bairro da Mouraria .

Texto de Alexandra Gil
Fotos de Jorge Rodrigues
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