Intriga E Comédia No Teatro Armando Cortez Com A Mãe Biológica De Marilyn Monroe

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva (Texto e Fotos)

A loira platinada mais famosa de Hollywood é o assunto explorado na peça A Mãe Biológica de Marilyn Monroe, que estreia hoje no Teatro Armando Cortez. Maria Emília Correia, Núria Madruga e Sara Salgado dão vida ao texto de Armando Nascimento Rosa, que é também uma reflexão sobre o teatro e a arte de representar.

“Tem comédia, tem drama e tem também mentira. É uma história que se vai revelando” diz-nos Paulo Costa, o encenador, no final do ensaio geral. Cerca de setenta minutos de teatro, compostos por diferentes ritmos: “Há momentos de melancolia, outros mais descritivos que permitem por o espetador a par da história de Marilyn Monroe, mas depois outros em que a mentira cai”. E é como se o espetador levasse um abanão e fosse obrigado a ver a cena de outra perspetiva.

dsc-3194Marilyn Monroe chega uma noite a Gainsville, na Flórida, à casa onde a sua mãe biológica, Gladys Baker, uma mulher mentalmente enferma, vive na companhia de uma cuidadora, a jovem Lydia Martinez. Estamos no Verão de 1962, pouco tempo antes da morte da diva do cinema.

O jogo das identidades entre estas três mulheres deflagra diante de nós e descobrimo-nos a testemunhar um evento cénico que nos seduz num crescendo emocionante de enigmas que aguardam resolução.

E se a morte de Marilyn Monroe estivesse relacionada com o assassinato do Presidente John Kennedy?
E se a mãe de Marilyn Monroe não fosse a verdadeira mãe da diva do cinema?
E se o que você estivesse a ver não fosse exatamente o que parece ser…?

A escolha deste texto é, para Paulo Costa, obvia: “é um autor português”, com o qual se cruzou na realização do Mestrado que tirou na Escola Superior de Teatro e Cinema. Armando Nascimento Rosa é um dramaturgo português e também professor. Fez a sua estreia cénica em 2000 com Lianor no país sem pilhas e é autor de mais de vinte obras dramáticas, incluindo dois libretos de ópera. Maria Emília Correia, Núria Madruga e Sara Salgado agarram o texto com convicção e conduzem o público pela monta-russa de revelações.

A Mãe Biológica de Marilyn Monroe estreia esta quarta-feira no Teatro Armando Cortez, com produção da Yellow Star Company, e fica em cena até ao dia 30 de outubro. Pode ser vista de quinta-feira a sábado às 21h30 e domingos às 18h00. Os bilhetes custam entre 16 e 12 euros.

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