O primeiro de quatro espetáculos de Camané com a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) e o coro Ricercare decorreu a 9 de março no Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa.
Com a orquestra dirigida pelo maestro Cesário Costa, do alinhamento do espetáculo fizeram parte canções como “Sopram Ventos Adversos”, “Luz de Lisboa”, “Lume”, “Chega-se a Este Ponto”, “Ela Tinha Uma Amiga” e ainda os tangos “El Dia Que Me Quieres” e “La Ultima Curda”, estes últimos acompanhados ao piano e ao acordeão por Daniel Schvetz e Pedro Santos.
Nos fados tradicionais, acompanhado por José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola, Paulo Paz no contrabaixo – em palco com a OML – Camané trouxe, entre outros, o fado das Horas no “Fado Sagitário”; o fado Alfacinha no “Quadras”; o fado Pintadinho com “Quando o Fado Acontece”, o fado Cravo com “Triste Sorte” e o fado Alexandrino com “A Minha Rua”. Em muitos momentos, esteve ao piano Filipe Raposo, o responsável pelos arranjos e pela direção musical deste espetáculo.
O início foi às escuras e à capela com “Este Silêncio”:
Há um silêncio pesado
Que não sei de onde é que vem
Nem sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem (…)
Silêncio que anda comigo
E que mesmo sem eu querer
Diz através do que eu digo
O que eu não posso dizer (…)
Terminou cheio de luzes, com muitas vozes, muita cor – das luzes e dos elementos femininos do coro Ricercare – e todo o público de pé num tema com letra e música de Teresa Muge: “Havemos de Nos Ver Outra Vez”.
Para quem o quer ver Camané já, o espetáculo continua esta sexta e sábado às 21h00 e no domingo às 17h30 no Teatro São Luiz em Lisboa.