A liderança da Orquestra Gulbenkian passa, na próxima temporada, para as mãos de Paul McCreesh que fará a sua primeira apresentação como maestro principal no Mosteiro dos Jerónimos (3 e 4 de outubro) com “A Criação” de Joseph Haydn. McCreesh terá no próximo ano, a companhia de três maestros convidados: Susanna Mälkki, de naturalidade finlandesa, especialista no reportório dos séculos XX e XXI, Joana Carneiro que continua a assegurar o cargo de maestrina convidada e Pedro Neves, maestro titular da Orquestra do Algarve e da Orquestra Clássica de Espinho. A aposta neste elenco de maestros prende-se com o objetivo de imprimir maior versatilidade e dinâmica aos reportórios e projetos a lançar este ano, nomeadamente em termos de reforço da atividade educativa. Uma das iniciativas anunciadas foi a criação de um Estágio Gulbenkian para a Orquestra, que será liderado por Joana Carneiro, com o objetivo de formar uma orquestra juvenil sazonal de elevada qualidade.
Os Concertos de Família, dirigidos a jovens e famílias, foi outra das novidades. Este projeto, dinamizado também por Joana Carneiro em conjunto com Pedro Neves, visa a apresentação de obras-primas da música clássica, aos domingos, a preços reduzidos.
Em palcos emprestados, até à abertura do Grande Auditório, Paul McCreesh dirige a Orquestra Gulbenkian em seis programas distintos, dois dos quais inteiramente dedicados ao reportório sinfónico mozartiano. Neste período, entre outras obras, vai apresentar a “9ª Sinfonia” de Schubert e a ópera “Orfeu” de Gluck, na versão de Hector Berlioz.
A pretexto dos 50 anos da Orquestra Gulbenkian e já com as obras concluídas, conta a Fundação realizar, no dia 15 de fevereiro de 2014, um dia de portas abertas com concertos, filmes e encontros com músicos.
Na segunda parte da temporada dois jovens compositores apresentam obras encomendadas pela Fundação Gulbenkian, em estreia mundial: Ana Seara e Daan Jassens.
No campo do ciclo Teatro/Música, em parceria com o Teatro Maria Matos, surgem, neste início de temporada, duas propostas arrojadas: Two maybe more, espetáculo do encenador e realizador Marco Martins, a partir do trabalho dos coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz, com textos de Gonçalo M.Tavares e música de Pedro Moreira; e “Elogio da desordem”, um monólogo para piano semipreparado da compositora portuguesa Joana Sá.
Na primavera será apresentada uma temporada de ópera contemporânea que inclui a estreia portuguesa da nova obra de Vasco Mendonça The House Taken over com encenação de Katie Mitchell, “Quartett” de Luca Francesconi, com encenação de La Fura dels Baus e ainda uma versão de concerto de “Written on Skin” de George Benjamin.
Anne Teresa de Keersmaeker regressa com Partita 2 (sei solo), uma coprodução da Fundação Gulbenkian com o Teatro La Monnaie, o Festival de Aignon e o Berliner Festspiele entre outros.
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Reportagem de Tânia Fernandes