Foi uma semana de festa, mais dia menos dia, embora oficialmente só tenha começado no dia 3, com a recepção ao campista e prolongou-se até domingo dia 7, falamos da 20ª edição do Sudoeste, que foi feita com grandes nomes da música nacional e internacional, que animaram a grande festa tribal.
Considerado por muitos como um dos maiores eventos musicais do litoral Alentejano e um dos maiores do país, nasceu em 1997, e por aqui já passaram nomes como Portishead, Blasted Mechanism, Mika ou Marlyn Manson.
No entanto, mudam-se os tempos mudam-se as vontades! E depois de já terem passado mais de 1 milhão de pessoas pela Herdade Da Casa Branca, chegamos ao vigésimo aniversário de um festival jovem, de cara lavada e reconhecido internacionalmente.
Este ano tudo começou dia 3 de agosto com a recepção ao campista, milhares acorreram ao recinto, e a noite foi passada ao som de dance music, apresentada por DJ Darcy, Dj Calas, Club Banditz, Yellow Claw e o grande nome da noite DVBBS.
As surpresas foram muitas ao longo desta edição. Artistas e os seus convidados, quilos e mais quilos de pirotecnia, milhares de brindes para os festivaleiros e muitas caras bonitas no festival!
Com quarto palcos diferentes e vários estilos de música pelo caminho, a coisa começou a ficar mais “séria” no dia 4 de Agosto! Havia a promessa por parte do cartaz, que as grandes noites voltariam à Herdade Da Casa Branca, e os grandes nomes não deixaram os festivaleiros ficar mal!
Josef Salvat e logo de seguida Virgul para abrir. E depois o momento mais esperado da noite. Wiz Khalifa cantou para 41 mil pessoas e demonstrou toda a sua apologia pela canábis exibindo uma réplica insuflável gigante de um “charro” e acendendo uns quantos mais durante o concerto. Para fechar a noite, mais um gigante internacional, Martin Garrix que não deixou ninguém indiferente, deixando todo aquele mar de gente aos saltos, numa noite que se acabou por revelar como épica.
Com as grandes noites, voltaram também os grandes dias de calor, e no campismo valia tudo! Sombras das árvores, sombras improvisadas, canal, praia, bebidas frescas e pouca roupa (ou quase nenhuma) valia tudo para sobreviver as temperaturas altas que se faziam sentir no litoral Alentejano.
E a pensar em tudo isso, a organização apresentou uma noite mais calma, para descanso dos corpos e mentes dos festivaleiros. Começando com os ritmos de kizomba de C4 Pedro e passando pela acalmia de Seu Jorge e depois o grande nome dessa noite Damian Marley.
E que belo espetáculo que foi o Damian Marley! Exibindo uma bandeira da Jamaica, mostrou toda a sonoridade da boa musica reggae sem evitando claro, passar pelos temas do pai. Depois chegou Dj Kura para estragar a teoria de uma noite calma. O Português mostrou o porquê de ser um dj do TOP mundial. Que Gigante foi Kura!!!!!
A noite de 6 de agosto era a mais esperada e por razões óbvias! Havia estática no ar, todos esperavam com ansiedade aquela que prometia ser a melhor noite, da vigésima edição do MSW.
Para começar uma grande noite como esta, um grande artista, Diogo Piçarra que aquecera muito bem o público para o mágico James Morrison, que encantou as meninas bonitas do SW com todo o seu romantismo. Logo de seguida, um dos grandes nomes da noite Sia!
Sia apresentou um grande espetáculo teatral, na companhia da famosa dançarina contemporânea Maddie Ziegler. Uma atuação que deixou os 47 mil festivaleiros um pouco divididos devido as poucas palavras que direcionou ao público.
E se alguns artistas dividiram o público, Steve AOKI fez exatamente o oposto, num grandioso espetáculo de cor, efeitos visuais, fogos-de-artifício e arremesso de bolos. O Americano brincou com o público em diversas ocasiões, distribuindo beijos e abraços no final do concerto. E assim se chegou ao último dia de festival.
Com Jimmy P a abrir o palco Meo, para mais tarde passar o testemunho a Cali y El Dandee que vestidos com as camisolas da seleção nacional portuguesa e com referências ao Europeu de Futebol, fizeram as delícias do público.
Sunnery James & Ryan Marciano tomaram o SW2016 de assalto deixando o público extasiado e na expectativa para ver NERVO. A dupla feminina não deixou os seus créditos por mãos alheias e deram um belíssimo concerto, surpreendendo aqueles que não as conheciam, e deixando a fasquia muitíssimo elevada para aquele que seria o grande nome da noite.
Steve Angello, é assim que se chama, foi este o dj de renome mundial que foi escolhido para encerrar o festival, que já é reconhecido por toda a Europa.
Com uma grande sonoridade, sem deixar ninguém ficar quieto, o antigo elemento dos Swedish House Mafia e dono da produtora Size Records encerrou o festival e deixou aquele gostinho amargo na boca do público, para quem cinco dias de festival, parece irrisoriamente pouco.
Fica no ar o repto para que a vigésima primeira edição do SW, que será de 2 a 6 de agosto de 2017 na Herdade da Casa Branca, seja ainda melhor.
