Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Da Ponte do Mont-Blanc a vista é magnífica. O lago, imenso à frente, é partilhado de forma pacífica por barcos e patos. Os edifícios antigos, à beira do lago, preenchem a paisagem, com as montanhas brancas ao fundo. Os letreiros gigantes, aconchegados nos telhados dão-nos nomes de relógios e instituições bancárias. Estamos em Genebra, na Suíça, e fazemos daqui ponto de partida para um fim-de-semana em que percorremos locais onde se escreveram momentos de História.

A organização e a limpeza são uma constante na cidade. A simpatia e educação dos habitantes facilitam a estadia e mobilidade. Os visitantes estrangeiros são muito bem-vindos e isso percebe-se logo à chegada ao aeroporto. O transfer para o centro da cidade é gratuito. Junto aos tapetes rolantes de recolha da bagagem podem-se levantar bilhetes para a viagem. O uso de transportes públicos na cidade é igualmente gratuito para os visitantes. Os hotéis disponibilizam passes válidos durante a estadia.

À Beira do Lago

O Lago Genebra (ou Lago Léman para os franceses) caracteriza a paisagem, juntamente com o grande Jato de Água que chega a alcançar 140 metros de altura. Pode ser visto no verão entre as 10h00 e as 23h00 e no inverno, entre as 15h00 e as 20h00. É iluminado à noite, mas nos meses mais frios encontra-se desligado, evitando o risco de se transformar num gigante canhão de neve. Há grande oferta de passeios no lago, com refeição ou não incluída. Os cuidados jardins na margem são uma boa opção de passeio ou de lazer quando o tempo o permite. O culto dos relógios é assunto sério por aqui e junto ao Jardim Anglais encontra dois exemplares que vale espreitar: um bonito relógio de flores entre o jardim e o Quai du Général-Guisan e um não menos impressionante relógio de sol bastante detalhado, em forma de globo, à beira do lago.

O tempo é uma constante nesta cidade. Na Cité du Temps, edifício localizado numa pequena ilha mesmo no princípio do Rio Rhône, encontra não só um espaço de design arrojado, ambiente cosmopolita, onde pode comer ou beber um como, como visitar interessantes exposições de arte. Garantia, mesmo, é de encontrar a mais completa coleção da Swatch no último piso, que se encontra em exposição permanente.

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Cidade Velha

Calçado confortável e pernas a caminho, pois visitar a zona antiga terá de ser mesmo a pé. Basta seguir as indicações para encontrar um dos grandes tesouros da cidade: a Catedral de St Pierre. Imperdível é a Capela dos Maccabees, à qual se acede dentro da catedral. Uma espécie de La Sainte-Chapelle de Paris em miniatura, de uma beleza de fazer cortar a respiração.
Por baixo da Catedral há um Museu de Arqueologia, onde se podem ver achados que datam do séc I a.C até ao séc XII d.C. , quando a catedral foi construída. O Museu da Reforma é a peça que completa esta seção histórica da cidade.

Ainda na Cidade Velha, encontramos a história desta localidade muito bem representada na Maison Tavel. Neste espaço, fica atualmente o Museu de História Urbana e da Vida Quotidiana, com a história de Genebra desde a Idade Média ao séc. XIX e ainda a casa mais antiga da cidade. No último piso há um interessante modelo da cidade, antes da destruição da fortificação que a protegia em 1850, todo feito em metal (zinco e cobre), que cobre uma área de 32 m2. Esta maquete foi apresentada, pela primeira vez, em 1896, durante a Exposição Nacional de Genebra.

As livrarias, as lojas antigas, os cafés e as esplanadas vão fazer com que se retenha mais tempo nesta zona.

O Mundo em Genebra

Muito próximo do Aeroporto, encontra a zona mais internacional de Genebra: a Sede das Nações Unidas na Europa. Fundada após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de manter a paz e a segurança global, além de promover melhorias nos padrões de vida e direitos humanos, a Organização das Nações Unidas tem sede principal em Nova Iorque. O Palácio das Nações, em Genebra, é a maior representação da ONU fora dos Estados Unidos. Neste edifício encontra-se não só o Conselho de Direitos Humanos da ONU, como o Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos, entre outros órgãos. Há visitas guiadas ao complexo, com a duração de cerca de uma hora, onde se pode visitar o Council Chamber, o Hall of Human Rights ou o Assembly Hall.

Na praça em frente à ONU há uma enorme escultura em forma de cadeira, com uma das pernas partidas. Broken Chair, é a obra do artista suíço Daniel Berset e simboliza a luta contra o uso de minas antipessoais.

Importa referir que há mais de 160 organizações internacionais, com escritório principal em Genebra, estrategicamente localizadas junto ao Palácio das Nações. É o caso da Organização Mundial de Saúde ou a Cruz Vermelha Internacional, entre outras.

Genebra é uma cidade tranquila e civilizada. De uma sobriedade que tem o seu preço. Não vai precisar de uma longa estadia para a ficar a conhecer e há opções de alojamento e alimentação acessíveis. Na cidade dos ricos e milionários, há prazeres que se podem ter sem gastar um tostão. Com a carteira bem fechada no fundo do bolso, usufrua do grande luxo que é contemplar as belas paisagens junto ao lago e nas ruas comerciais, admirar as montras tão deslumbrantes quanto os seus produtos inacessíveis. Não há dinheiro que pague essa grande alegria!

Informações Úteis

A TAP têm voos diários para Genebra com a duração média de voo de 2h30.
A moeda corrente é o franco suíço, mas facilmente aceitam euros para pagamento de despesas correntes. A língua oficial é o francês.
A hora local de Genebra é +1 do que Lisboa
O Aeroporto Internacional de Genebra fica a 5 Km do centro.

A equipa do C&H viajou para Genebra com o apoio da TAP Portugal – logo_tap_pt

Autor:Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva
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