Frankie Chavez e Sean Riley And The Slowriders no Caparica Primavera Surf Fest

Frankie Chavez

A banda sonora dos dias de manobras nas ondas chegou à tenda do Caparica Primavera Surf Fest, esta quinta feira. Frankie Chavez com o seu blues bem português e antes Sean Riley & The Slowriders trouxeram as canções que acompanham os desportos no mar.

Pouco passava das 22h, quando Sean Riley & The Slowriders surgiram em palco, dando início ao 4.º dia do Caparica Primavera Surf Fest.

“Harry Rivers” foi o tema escolhido pela banda para dar início à sua atuação, seguindo-se “Walking you Home” e “Dili”, música que faz parte do novo álbum da banda, com estreia marcada para dia 8 de abril. Nos ecrãs ali presentes, apenas é exibido o nome da banda, quase como um farol para orientação do público mais distraído.

Como já vem sendo habitual neste festival, no início dos espetáculos o público ainda escasseia e parece mais apostado em reservar as suas energias para o principal artista da noite, que, neste dia, foi Frankie Chavez.

Sean Riley, ou melhor, Afonso Rodrigues, debita as canções umas atrás das outras (algumas em ritmo frenético, a ponto de fazer cair um microfone do mini palco onde se encontrava o teclista) reservando pouco espaço para dialogar com o público.

A meio da atuação, a plateia vai-se compondo e o público começa a demonstrar sinais de pretender dançar, como que em fase de aquecimento. Seguem-se “BuffaloTurnpike”e “Pearly Gates”, também do novo álbum.

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O momento mais intimista viria a surgir quando Sean Riley trocou de “papéis” com Filipe Costa, a fim de tocar no órgão a música “Houses & Wives”, talvez a mais conhecida do público.

O concerto prosseguiu intercalando músicas já conhecidas do público, com outras do novo álbum, como foi o caso de “Greetings” e “Dark Rooms”, tendo a banda de Coimbra reservado para o final da sua prestação a música “Lights Out”.

Cerca das 23h15 surgiu em palco aquele que era o artista mais aguardado pelo público. Num estilo completamente oposto à banda que lhe precedeu, Frankie Chavez cumprimentou o público ali presente, em modo “tu-cá-tu-lá”, como se de verdadeiros amigos se tratassem. “Boa noite pessoal! Está tudo bem por aí?”.

A atuação tem início com “Rebel”, seguindo-se “Old Habits” e “Dustmy broom”.

Pelo meio, Frankie vai puxando pelo público, “Quem está cá connosco?”, “Está tudo bem?”, e apresenta os seus companheiros de palco, João Correia na bateria e Donovan Bettencourt no baixo.

Por esta altura, a tenda onde decorre o espetáculo já está bem composta, com um público bastante eclético, onde predominam os surfistas e os jovens. E não é de estranhar, já que Frankie é, ele próprio surfista, tendo, inclusive, feito bandas sonoras para filmes de surf.

O estilo de Frankie Chavez é descomplicado e leve, de proximidade com o público ali presente, mas com muita garra na hora de interpretar as músicas.

Segue-se “Sweetlife”, talvez a mais conhecida, e “Nazaré”, que Frankie faz questão de dedicar a “quem vive do mar”.

O momento eletrizante do espetáculo surgiu com um convidado muito especial. Frankie chamou ao palco Fast Eddie Nelson, um amigo especial, para um momento de verdadeiro blues.

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E, de facto, é de blues que se trata quando Fast Eddie Nelson atua. Não fosse sabermos, de antemão, que se trata de um músico português, seríamos levados a crer que o artista ali presente era americano, não só pela forma como toca, mas também pela sua apresentação e pela sua típica aura de blues.

Num primeiro momento, Fast Eddie limitou-se a tocar guitarra enquanto Frankie tocava guitarra acústica e gaita. Mas depois, teve direito a luz própria… E o palco “incendiou”! Fast Eddie tocou e cantou a um ritmo intenso. As guitarras “lutaram”, os músicos vibraram e o público também. Nada mais foi como dantes. Fazem falta mais músicos destes, que cantam e tocam com alma, capazes de arrancar emoções fortes a quem assiste ao espetáculo.

O concerto prosseguiu, depois, apenas  com Frankie Chavez, tendo havido ainda lugar a um pequeno encore, onde mais uma vez a simpatia e a interação com o público foram uma constante, deixando o público presente visivelmente satisfeito e feliz.

Reportagem de Raquel Vaz (texto) e Tânia Fernandes (fotografia)

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