Trata-se um livro sobre memoria(s), afetos e recordações, onde a poesia e o humor subtil se conjugam numa mensagem positiva.
O livro contou com a apresentação de José Agualusa, que destacou a importância da amizade.
Quanto a Flores, fala sobretudo sobre pessoas, daquelas que apesar de serem ficção, podem ser tão reais que ficam a viver para sempre connosco, numa pequena assoalhada da nossa memória.
Um homem sofre desmesuradamente com as notícias que lê nos jornais, com todas as tragédias humanas a que assiste. Um dia depara-se com o facto de não se lembrar do seu primeiro beijo, dos jogos de bola nas ruas da aldeia ou de ver uma mulher nua. Outro homem, seu vizinho, passa bem com as desgraças do mundo, mas perde a cabeça quando vê um chapéu pousado no lugar errado. Contudo, talvez por se lembrar bem da magia do primeiro beijo – e constatar o quanto a sua vida se afastou dela – decide ajudar o vizinho a recuperar todas as memórias perdidas. Uma história inquietante sobre a memória e o que resta de nós quando a perdemos.Um romance comovente sobre o amor e o que este precisa de ser para merecer esse nome.
«Viver não tem nada a ver com isso que as pessoas fazem todos os dias, viver é precisamente o oposto, é aquilo que não fazemos todos os dias.»
Uma edição Companhia das Letras. À venda por 17,50 euros.
Por Teresa Leal