Festival Tempo d’Aldeia regressa a São Pedro do Rio Seco

aldeiaDecorre, entre 31 de julho e 4 de agosto, em São Pedro do Rio Seco, a segunda edição do Festival Tempo d’Aldeia. Organizada pela Associação Rio Vivo, a iniciativa propõe, mais uma vez, cinco dias para descobrir os saberes, sabores e experiências de vida da pequena e simpática povoação do concelho de Almeida.

Em estreia este ano está o Arte N’Aldeia, projeto que em colaboração com o CICS – Centro de Investigação, Cultura e Sustentabilidade lançou a artistas o desafio de criarem trabalhos que permitam a participação das pessoas e a valorização do património local. A decorrer através de residências artísticas desde 15 de julho, o evento oferece uma exposição durante o festival e ainda sessões de portas abertas durante o processo criativo. À espera de uma visita estão Catarina Ascenção e Patrícia Domingues com performance e dança bem como o Colectivo SAS composto por Simão Costa, Sónia Moreira e Ana Trincão, que propõe arte pública. O vídeo, a fotografia e o multimédia estarão a cargo de Mariana Rei e Mariana Silva. Já Martinho da Costa propõe pintura e instalação, enquanto Pedro Lopes se apresenta como contador de histórias.

Mas nem só de arte vive o Festival Tempo d’Aldeia. Previstos estão ainda passeios, com destaque para a Rota do contrabando, que percorre 24 quilómetros pelas aldeias portuguesas e espanholas de São Pedro do Rio Seco, Alameda de Gardón e Vale da Mula, em carreiros de terra batida antes usados para contrabando entre os dois países. A caminhada inclui piquenique, espaço para dormida e refeições. O transporte dos mantimentos, esse está a cargo dos burros Damien e D. Quixote. O cartaz de passeios inclui também visitas pelos locais mais típicos de São Pedro do Rio Seco, prova de vinhos e jantares em adegas acompanhados por música, identificação de fauna e flora e o Tractor Safari, que propõe conhecer os animais da localidade neste transporte conduzido pelo sr. Zé Casimiro. Os pastores Inês e Vítor convidam também os visitantes a conhecer os caminhos da transumância.

O Festival inclui ainda um ciclo de palestras subordinadas às Soluções Locais, Cultura Agrícola e Saúde e Alimentação, esperando-se oradores convidados de todo o país. Victor Lamberto, do Movimento Slow Food, Ricardo Marques, da plataforma Transgénicos fora do prato ou José João Rodrigues, em representação das Aldeias Sustentáveis e Activas são apenas alguns deles.

Bailes, mostras de artesanato, cinema, ioga pela manhã e atividades infantis fazem também parte da iniciativa. 

Texto de Alexandra Gil
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